27/04/2023
São esperadas já para maio reduções de quadros de funcionários de hospitais de todo o país para absorver o impacto financeiro do novo piso nacional da enfermagem. A projeção, divulgada pelo jornal O Globo, é da FBH (Federação Brasileira de Hospitais), que calcula em mais de R$ 5 bilhões o custo da implementação dos novos valores. Juntamente com outras instituições representativas do segmento, a entidade segue alertando para o fato de o setor privado não estar contemplado pelas propostas do Governo Federal e do Congresso Nacional para garantir recursos para o piso no setor público.
No último dia 26 de abril, o Congresso aprovou o projeto de lei PLN 5/23, que abre crédito especial no valor de R$ 7,3 bilhões para que o Ministério da Saúde possa auxiliar a implementação do piso nos estados, Distrito Federal e municípios. O texto segue para a sanção presidencial. O piso foi suspenso pelo Supremo Tribunal Federal porque o texto aprovado no ano passado pelo Congresso não previa a origem dos recursos para arcar com os reajustes no serviço público.
O presidente da Federação Brasileira de Hospitais, Adelvânio Francisco Morato, voltou a reforçar na reportagem do jornal O Globo que o projeto não contempla os hospitais privados. Segundo o texto, a estimativa inicial é de demissão de quase 13% do quadro de enfermagem (entre enfermeiros, técnicos e auxiliares) – um total de mais de 160 mil profissionais, que pode aumentar caso pequenos e médios hospitais acabem fechando as portas por não conseguirem absorver o piso.
De acordo com a FBH, o novo piso representa um aumento na média salarial que varia, dependendo do estado, de 40% a 131%.
Fontes:
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Charles London
Presidente