O presidente do Cremers, Marco Antônio Becker, afirma que o governo tem outras formas de cobrir a falta da CPMF, sem penalizar ainda mais a população: “O governo pode compensar essa perda aumentando o imposto sobre o vultoso lucro dos bancos, que nos últimos anos se tornou uma indecência. O que não pode acontecer é a sociedade ter de pagar essa conta”.
Becker lembra que só de taxas de serviços os bancos lucraram mais de 17 bilhões de reais neste ano. “A parte mais expressiva do lucro dos bancos vem do giro do capital. O cliente ganha 1% na aplicação e paga em torno de 7% quando pede um empréstimo”, enfatiza.
Em relação aos efeitos do fim da CPMF ao setor da saúde, o presidente do Cremers diz que não deverá ocorrer mudança: “A população continuará assistida pelo SUS, mesmo de forma precária como acontece hoje. Para os médicos, nada muda, porque com a CPMF o governo alterou a tabela do SUS em apenas 30% nos últimos 13 anos, para uma inflação de 450% no mesmo período”.
