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Rede privada já opera no limite da capacidade em Curitiba

Em reunião da diretoria do Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde do Paraná – Sindipar na quarta-feira (10 de março), cerca de 20 representantes dos principais hospitais privados de Curitiba avaliaram que o cenário atual na rede particular é semelhante ao da rede pública devido à demanda excessiva de casos de Covid-19. 

A quase totalidade dos hospitais opera hoje acima de sua capacidade de atendimento e já emprega mais de 50% de toda a sua capacidade instalada para a assistência de pacientes com a doença — oferta que está prestes a ser superada pela alta demanda de casos decorrente da disseminação do novo coronavírus em todo o Paraná.

Após uma série de providências emergenciais para reverter instalações e recursos destinados a outras doenças para o atendimento de pacientes com Covid-19 — como a transformação de leitos clínicos e apartamentos em UTIs, as possibilidades de ampliação de vagas estão praticamente esgotadas devido a limitações como a falta de profissionais de saúde qualificados disponíveis no mercado e a escassez de respiradores e outros equipamentos e insumos. O atendimento a outras doenças e emergências, como infarto, AVC e câncer, já está prejudicado.

“Hospitais já operam em situação de alerta, com alguns trabalhando acima de sua capacidade operacional em alguns momentos. Temos que conter a atual projeção de subida da demanda, pois se os casos continuarem subindo como vem acontecendo, teremos dificuldades e talvez não consigamos atender a todos”, diz o presidente do Sindipar, Flaviano Ventorim. 

O prolongamento do período de internação e a mudança no perfil de internados com o aumento do número de pacientes entre 30 e 59 anos com quadros de rápido agravamento e necessidade de terapia intensiva, atribuídos à variante brasileira P1, vêm exercendo ainda mais pressão sobre a rede. 

“Sem medidas efetivas e o comprometimento da sociedade com a prevenção da Covid-19, é certo que o excesso de demanda provocará desassistência à população — e, por consequência, mortes que poderiam ser evitáveis”, diz Ventorim.