As entidades do setor saúde do Estado terão audiência com o ministro da Saúde, Agenor Álvares, na nesta terça-feira, dia 25, às 17h, em Brasília, para discutir a Contratualização. O encontro foi obtido com o apoio do secretário da Saúde do Estado, João Gabbardo dos Reis.
No evento sobre a Contratualização, realizado no Cremers, dia 13, o secretário afirmou que o ministro estaria aberto a negociações “com todas as entidades, não apenas com uma, ao contrário do que está sendo dito por aí”.
De acordo com o presidente do Cremers, Luiz Augusto Pereira, será uma “excelente oportunidade para que as entidades médicas e hospitalares manifestem suas preocupações em relação a esse novo modelo de gestão do SUS e também apresentem sugestões para aperfeiçoar a proposta do governo”.
E isso só será possível, ressalta o presidente do Cremers, porque o Ministério da Saúde está editando uma Portaria prorrogando o prazo de implantação da Contratualização no RS, segundo o MS, para 28 fevereiro de 2007, atendendo à reivindicação das entidades gaúchas (Cremers, Amrigs e Fehosul).
Pereira destaca a importância da reunião por ser a primeira vez que o governo vai tratar do assunto com entidades médico-hospitalares:
“A Contratualização foi construída sem que médicos, hospitais e laboratórios fossem consultados. Além disso, foi instituída de maneira açodada. Com mais tempo e diálogo, graças à essa abertura que o ministro proporciona, poderemos dar uma contribuição importante que seja positiva para o SUS, para os prestadores de serviço e, principalmente, para a população”.
As entidades querem um reajuste da tabela do SUS, que está defasada, e a criação de um grupo de trabalho para estudar melhor a Contratualização.
Contratualização é adiada
Ministério da Saúde está editando portaria que prorroga a implantação
Depois da forte mobilização das entidades do setor saúde do Estado em relação à implantação apressada e sem maiores esclarecimentos da Contratualização, o Ministério da Saúde decidiu editar Portaria prorrogando o prazo para que os hospitais filantrópicos gaúchos façam a sua adesão ao novo modelo de gestão do SUS.
O ponto alto da mobilização de médicos, hospitais e laboratórios foi o painel sobre a Contratualização realizado no Cremers, dia 13. De acordo com o presidente do Cremers, Luiz Augusto Pereira, o movimento foi deflagrado porque “o governo federal não pode alterar de forma açodada e sem maior discussão uma maneira tradicional de relação entre hospitais e médicos, implantando um modelo que poderá ocasionar demissão de médicos e até desassistência na saúde”.