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Ministro da Saúde anuncia reajuste nas tabelas SUS

O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, anunciou, na noite de ontem, seu compromisso de trabalhar pelo reajuste da tabela do SUS no próximo ano. Para tanto, de acordo com o chefe de Estado, serão destinados R$ 800 milhões. “Não é tanto quanto gostaríamos, mas é um valor interessante para mudarmos o cenário”, afirmou.

A divulgação do reajuste das tabelas foi realizada durante a cerimônia de abertura do XVII Congresso das Santas Casas, depois que o presidente do instituto Gerdau, Dr. Jorge Gerdau anunciou a parceria com 200 hospitais filantrópicos.

Em seu discurso, o ministro da Saúde disse que há muita “ineficiência” na saúde e “irracionalidade” nos pedidos de exame e ressaltou que é preciso conter o desperdício. Para tanto, Temporão defendeu, entre outras diretrizes, a mudança do modelo de gestão dos hospitais públicos, que devem passar a ser geridos por Fundações Estatais. Temporão também lembrou que a cadeia produtiva da saúde, composta pela indústria de materiais médicos-hospitalares, instituições de saúde e medicamentos, representa 8% do PIB nacional, gerando 7,5 milhões de empregos diretos e indiretos.

O ministro defendeu, ainda, um melhor gerenciamento dos recursos orçamentários e disse que, na luta por financiamento adequado, é importante a regulamentação da Emenda Constitucional 29, bem como a manutenção da CPMF. Ele justificou que 30% do arrecadado com a CPMF é direcionado para a saúde e criticou o fim da tributação.

Para encerrar seu discurso, Temporão disse que a idéia é que, até o final do ano, uma economia de R$ 115 milhões conseguida pelo Ministério, deve ser remanejado. Em 2008, o orçamento será administrado de forma a atender o reajuste das tabelas do SUS, que refletem, diretamente, nos convênios com os hospitais privados, com ou sem fins lucrativos. Enquanto isso, Ministério da Saúde e entidades filantrópicas devem desenvolver um estudo aprofundado sobre a política de contratualização, além de reabrir o diálogo sobre as linhas de financiamento para o setor não lucrativo, via BNDES, visando o equilíbrio econômico-financeiro.