A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) divulgou os resultados do Radar TISS, estudo que traça um panorama da implantação do Padrão de Troca de Informações
Durante o mês de outubro de 2007, período utilizado como referência para o estudo, 34% das trocas de informação entre as operadoras participantes da pesquisa e os consultórios médicos ocorreram por meio eletrônico. A proporção é maior que a das clínicas especializadas (21%) e dos hospitais (20%). O resultado foi satisfatório e superou as expectativas da Agência, visto que os consultórios ainda têm até novembro de 2008 para concluir sua adaptação às guias eletrônicas. "A cooperação dos prestadores é fundamental, são eles que estão em contato direto com o beneficiário, e é através deles que se pode conhecer o que acontece com esse beneficiário", argumenta o Diretor de Desenvolvimento Setorial da ANS, Leoncio Feitosa. Os pronto-socorros realizaram por meio eletrônico 36% de suas trocas de informação com as operadoras pesquisadas, e os laboratórios atingiram a marca de 66%, os mais adaptados até agora. "Os laboratórios já vêm apostando na informatização para potencializar os seus negócios antes mesmo do TISS, que veio atender aos anseios desses prestadores", justificou a gerente-geral de Integração com o SUS, Jussara Macedo.
As 516 operadoras que responderam ao questionário atendem a cerca de 70% dos beneficiários. Foram excluídas do estudo as operadoras odontológicas (que têm até novembro de 2008 para se adaptar) e as administradoras. O questionário utilizado no estudo foi validado pelo Comitê de Padronização das Informações
Considerando-se a amostra, os laboratórios, por exemplo, chegaram a 87,55% das trocas em meio eletrônico na região Sul, região que obteve os melhores resultados. Nas regiões Norte e Nordeste, os consultórios médicos comprovaram maior adaptação à troca eletrônica frente aos demais prestadores.
Entre as operadoras, as cooperativas médicas fizeram uso das guias eletrônicas em 60% dos casos registrados na amostra. As seguradoras atingiram 32,37%, ao passo que as autogestões chegaram a 18,8%. "O TISS não exigiu informações novas. Todas as informações que constam do Padrão TISS já eram, de alguma maneira, trocadas no mercado. O que fizemos foi padronizar essas informações", ressaltou Jussara Macedo, lembrando sempre que, antes de tudo, "o TISS se pauta por diretrizes internacionais de segurança. O sigilo das informações dos beneficiários é condição fundamental", completou Jussara.
O objetivo do Radar TISS é acompanhar o processo de implantação do padrão TISS pelas operadoras e pelos prestadores de serviços de saúde. A pesquisa também orientará novos estudos e planos de ação da ANS e do Copiss. O Radar TISS foi previsto na Resolução Normativa nº 153/07 como elemento integrante do processo de implantação do padrão TISS. Todos os campos do questionário do Radar TISS foram construídos e validados durante as sessões do Copiss.