contato@sindipar.com.br (41) 3254-1772 seg a sex - 8h - 12h e 14h as 18h

Mortalidade infantil cai em São Paulo, mas taxa ainda é alta

            O Estado de São Paulo registou pela segunda vez consecutiva sua menor taxa de mortalidade infantil. Em 2007, o índice foi de 13,1 mortes a cada mil nascidos vivos, o que representa uma queda de 11,5% comparado a 2003.

            Apesar de o governo comemorar a redução, a taxa ainda é alta se comparada a países como Estados Unidos (5) e Portugal (7). O governo do Estado ainda não tem previsão de quando o índice poderá cair a menos de dois dígitos, como em países desenvolvidos.

            O saneamento no litoral, nas favelas e em pequenas cidades, além das condições do parto e da saúde da mãe, é um dos maiores desafios para reduzir a mortalidade, segundo o governador José Serra (PSDB).

            Os dados da mortalidade infantil no Estado em 2007, o mais recente, reunidos pelo Seade foram divulgados ontem por Serra e pelo secretário de Saúde do Estado, Luiz Roberto Barradas Barata. Em 2006, a taxa ficou em 13,3 mortes a cada mil nascidos e, em 2005, em 13,4. Para o governador, a queda se deve aos programas de vacinação e ao atendimento pré-natal, entre outros pontos. " Em um Estado como São Paulo, o avanço foi grande. As causas maiores agora estão localizadas no parto, nas condições de saúde das mães", afirmou Serra.

            Para Barradas, o esforço de redução depende de melhorar as redes de saneamento e aperfeiçoar a atenção na saúde.

            Nenhuma das 17 regiões do Estado conseguiu atingir, na média, menos de dois dígitos da taxa de mortalidade. "Quanto menor a mortalidade, mais difícil é baixá-la", disse Barradas.

            O melhor resultado no Estado está na região de Barretos (taxa de 10,3), seguida de Araraquara (10,7) e Presidente Prudente (11).

            Já a região da Baixada Santista tem a pior situação: taxa de mortalidade de 18,7. Nesta área, disse Serra, o governo tem investido R$ 1,2 bilhão em um dos maiores projetos de saneamento do Estado, que se estende de Bertioga a Peruíbe.

            Na região metropolitana de São Paulo, das 39 cidades, apenas quatro têm níveis menores que dez. A capital está em 12,6.

            A queda no Estado segue uma tendência nacional, na opinião do pediatra Luiz Cervone, diretor clínico do Hospital São Luiz – unidade Anália Franco. Apesar dos avanços, segundo ele, faltam políticas públicas e gestão na saúde. "Fazer programas de pré-natal e de redução da gravidez na adolescência pode ser mais efetivo do que construir um hospital."