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Acreditação permite maior sustentabilidade para os negócios

Atuar com departamentos integrados voltados ao cliente e com um modelo de gestão que traga sustentabilidade ao negócio são caminhos que os processos de acreditação nacional e internacional têm apontado para os hospitais. No Hospital Nove de Julho, por exemplo, que recebeu recentemente a Acreditação Nível 3 da ONA e que já se prepara para o processo canadense de certificação, o desafio tem sido engajar as pessoas no desenvolvimento e melhoria dos processos.
"O que adotamos como meta é alinhar os esforços da organização conforme as atribuições de cada colaborador para gerar valor aos acionistas e colaboradores. Implantamos o nosso sistema de qualidade baseado na administração por sistema com departamentos integrados. Os maiores desafios para a implantação passa pelo planejamento e estruturação da cadeia até a questão da cultura, crenças e emoções", conta Rodrigo Macedo, gerente de qualidade do Nove de Julho, que participa da segunda edição do Saúde Business Conference.
O gerenciamento da operação no Nove de Julho tem como objetivo envolver as pessoas na melhoria dos processos com o exercício de desdobrar os objetivos estratégicos no nível operacional. Fazer com que cada colaborador saiba o impacto do seu trabalho.
Com a conquista recente da acreditação canadense (CCHSA), o Hospital Barra D’or e Quinta D’or também alinhou e reforçou seus processos durante a avaliação do processo internacional. "O modelo canadense tem tal importância que não conseguimos hoje viver sem ele. Sempre trabalhamos com comitês de qualidade, mesmo antes de existir as certificações em saúde. Porém , a acreditação nos permitiu reforçar valores assistenciais e processos, trabalhando os alicerces da instituição", conta Ana Butter, gerente de qualidade dos hospitais Barra D’or e Quinta D’or, que também esteve presente durante o evento.
Segundo Ana, o processo canadense permitiu a inversão do organograma, trazendo quem está na base para o alicerce dos processos. "O modelo canadense está preocupado com a sustentabilidade do negócio para permitir um jogo de ganha-ganha e não de ganha-perde", finaliza.

Escolha da acreditação deve fugir dos modismos

 

Hospitais devem ter o foco nas características do seu produto e buscar a melhor metodologia para o seu modelo de negócio

 

Escolher o melhor método de avaliação para a sua instituição e não apenas seguir "modismos". Esta é a dica dada por Mara Márcia Machado, diretora executiva do IQG – Instituto Qualisa de Gestão, durante a palestra "Sistemas de Qualidade" na segunda edição do Saúde Business Conference. De acordo com Mara, a escolha da metodologia correta para iniciar um processo de acreditação está ligada diretamente aos resultados.
"A escolha não pode ser feita com base no que os outros hospitais tem feito. Todas as metodologias hoje de avaliação são trabalhadas para desenvolver um modelo por objetivos e resultados. As instituições precisam começar a definir as características do seu produto, muito mais do que as ações que elas julgam ser importantes. Os hospitais que desejam trabalhar por diretrizes não podem acreditar que a assistência médica seja um diferencial. Isto é premissa", afirma Mara.
A executiva reforça ainda que para se implementar uma metodologia de qualidade é preciso que a instituição tenha uma política institucional voltada para a qualidade. Além disso, a alta administração deve entender o conceito, pois é dela a responsabilidade da implantação do processo. "Existem muitas instituições acreditadas que não entenderam este conceito e ainda possuem uma estrutura pequena e hierarquizada. Alguns hospitais cumprem os manuais, mas não desenvolveram a cultura organizacional da qualidade. Portanto, elas acabam desistindo ao longo do tempo", acrescenta.
Seja a acreditação nacional ou internacional, ela deve ser escolhida pelo hospital baseada nos princípios que atendam ao negócio da instituição. Da mesma maneira, Mara salienta que a escolha da instituição certificadora deve levar em conta os princípios da ferramenta de avaliação, como uma empresa que entenda o mercado e que não seja apenas uma máquina de fazer certificados.
"Os métodos de acreditações precisam vir para maximizar a segurança do paciente, fixando estratégias claras e assegurando o uso mais efetivo e eficiente dos recursos. A vantagem da certificação internacional deve trazer um diferencial no mercado, mas é preciso que passem por adequações de acordo com o país e não apenas ser traduzido. Saber diferenciar essas vantagens de acordo com o que o hospital precisa trará um resultado mais adequado com o objetivo deste hospital", finaliza a diretora do IQG.