O lançamento do TISS (Troca de Informações em Saúde Suplementar), modelo unificado para troca de informações que norteará o intercâmbio de dados entre operadoras e prestadores, dia 4 de novembro, contou com a presença de mais de 150 pessoas, na sede da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan). A apresentação do novo padrão instituído pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) por Jussara Macedo, gerente de Informações Epidemiológicas da ANS, contou com a presença do diretor-presidente da ANS, Fausto Pereira dos Santos, do diretor de Desenvolvimento Setorial da ANS, Jose Leoncio Feitosa, do presidente da Confederação Nacional de Saúde, José Carlos Abrahão, e do presidente da Abramge (Associação Brasileira de Medicina de Grupo), Alexandre Lourenço, que aplaudiram o TISS como iniciativa fundamental para uma nova fase na gestão da saúde suplementar.
"A ANS vive hoje uma transição em seu modelo de regulação, que passa a induzir boas práticas de gestão e qualidade de atendimento. Nesse contexto, o TISS constitui uma importante ferramenta, pois garantirá melhor qualidade de dados e informações necessários para o planejamento e reestruturação das operadoras, além de permitir o embasamento de relatórios e estatísticas da ANS e de outros órgãos governamentais. O TISS representa também um passo importante para o aumento da transparência do setor", afirmou o diretor-presidente da ANS, Fausto Pereira dos Santos.
Ao apresentar e explicar o processo de construção do TISS, Jose Leoncio Feitosa destacou o importante papel das operadoras e prestadores para a elaboração dessa padronização. Ele ressaltou ainda que o Comitê de Padronização, formado por representantes da ANS, das operadoras e prestadores, será responsável pela atualização do TISS, a partir das demandas surgidas com a utilização diária de guias e formulários e do sistema de troca eletrônica de dados. "O TISS é um sistema aberto a mudanças e, por isso, em processo de contínuo aperfeiçoamento", explicou Leoncio.
O presidente da Abramge e representante das operadoras, Alexandre Lourenço, e o presidente da Confederação Nacional de Saúde e representante dos prestadores, José Carlos de Souza Abrahão, foram unânimes em ressaltar o quanto esse projeto de padronização é desejado e esperado pelo setor de saúde suplementar. Os dois destacaram a desburocratização, a uniformização de guias e formulários, a redução de custos administrativos e a melhoria da qualidade de gestão como os principais benefícios do TISS. "A maior aproximação entre operadoras e prestadores gerada pelo TISS contribuirá para a melhoria do relacionamento entre esses atores, possibilitando um atendimento de mais qualidade para os beneficiários", afirmou Alexandre Lorenço.
Também presente ao evento, Ernani Bandarra, assessor e representante do ministro da Saúde, Saraiva Felipe, destacou a economia que o TISS trará para o setor. "O TISS será fundamental para a redução de custos, além de disponibilizar informações em meio eletrônico para o Ministério da Saúde. Com isso, teremos um retrato mais completo da saúde no Brasil, pois até então não havia tantos dados disponíveis do mercado privado", esclareceu Ernani.
O padrão TISS será adotado de forma gradual em todo o Brasil, a contar do dia 26 de outubro de 2005, data da publicação da RN 114, que estabelece a obrigatoriedade da adoção do TISS. Operadoras e prestadores terão 270 dias, a partir dessa data, para implantar o padrão de conteúdo e estrutura e o padrão de representação de conceitos. Os prestadores de saúde terão diferentes prazos para adaptação à comunicação eletrônica de dados, de acordo com a tabela abaixo:
Prestadores (por tipo) |
Prazo (dias) |
Grupo 1: hospitais e pronto-socorros |
270 |
Grupo 2: clínicas |
360 |
Grupo 3: consultórios |
720 |
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