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Cesáreas podem diminuir em 15% com educação continuada

Com um índice em torno de 79,7% no setor privado e 27,53% no setor público, as taxas de cesarianas no Brasil estão em segundo lugar no ranking mundial. Com uma equação bem invertida, associações, governo, hospitais e operadoras têm buscado maneiras para mudar esta realidade, que se torna mais onerosa para o setor e muitas vezes desnecessária para gestantes e recém-nascidos.
Para Arlindo de Almeida, presidente da Abramge (Associação Brasileira de Medicina de Grupo) existe ainda muita resistência dos próprios médicos quanto ao parto normal. "A única forma de conscientizar os profissionais médicos é por meio da educação continuada. Estamos dando início a um projeto junto a Unicamp para incentivar uma maior indicação do parto normal. Este trabalho deve começar a ser implantado até o final deste ano e acreditamos que os índices comecem a cair em pouco tempo", afirma Almeida.
A expectativa da associação é que em dois anos este número diminua em 15%, chegando a 70% o número de cesáreas no setor privado. Esta diminuição deverá ser resultado tanto do programa de educação continuada, quanto da campanha junto às operadoras que a Abramge deu início em fevereiro. A campanha tem oferecido uma gama de material informativo como folder e folhetos onde é mostrado que o parto normal é o mais indicado, tanto para a mãe quanto para o bebê.
As empresas de planos de saúde estão sendo aconselhadas a formar grupos de gestantes para a orientação. "Este é um trabalho que sempre fizemos junto as empresas, mas que só trará um resultado a longo prazo. Acreditamos ainda que o custo de uma cesárea possa ser revertido para a própria remuneração do médico, caso o movimento venha a ser uma forte tendência", diz o presidente da Abramge.