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Distrito Federal parcela dívida com hospitais

Alento aos hospitais particulares. O governo do Distrito Federal negociou a dívida de R$ 20 milhões, referente à contratação de leitos nas Unidades de Terapia Intensiva (UTIs), acumulada desde 2001.O valor será pago em 10 parcelas de R$ 2 milhões. A primeira será paga hoje. As próximas, no dia 3 de cada mês. A promessa é de pagamento em dia a partir de hoje. O custo mensal do GDF com a rede particular é de R$ 1,2 milhão. Hoje, são 51 leitos terceirizados e seis conveniados. A rede pública tem 202 vagas e não atende a demanda. A média de ocupação no DF é de 30 leitos por dia.

 

Há três meses os hospitais não recebiam do governo. Nove unidades chegaram a ameaçar a parar de receber pacientes e anunciaram a suspensão do serviço. Em julho do ano passado, representantes do setor firmaram acordo com o GDF para que o valor fosse pago em parcelas. No entanto, apenas R$ 4 milhões foram repassados.

 

O Ministério Público do DF intermediou a negociação. A reunião foi realizada no início da noite de quarta-feira, na sede do governo em Taguatinga. O promotor de Defesa da Saúde, Jairo Bisol, comemorou o acordo. "A nossa preocupação se dá em razão do interesse público, para que o GDF possa contratar o serviço, e o cidadão possa ser atendido", destacou.

 

A gerente executiva do Sindicato Brasiliense dos Hospitais, Casas de Saúde e Clínicas (SBH), Danielle Feitosa, festejou o resultado da reunião. "O governo assumiu o compromisso de quitar as dívidas passadas, o que permitirá a continuidade da parceria com a Secretaria de Saúde. Vamos suprir eventuais carências de leitos e dar o suporte técnico necessário para o atendimento da população do DF", afirmou.

 

Os hospitais Santa Lúcia, Santa Helena, Prontonorte, Santa Luzia, Brasília, Daher, Anchieta, Santa Marta e Hospital das Clínicas de Brasília têm crédito com o governo.

 

O sindicato apelou para que o Ministério Público parasse de recorrer à Justiça para os pacientes serem socorridos em hospitais particulares. O promotor Diaulas Costa Ribeiro, da Promotoria de Defesa dos Usuários do Serviço de Saúde (Pró-Vida), já ingressou com várias ações. "Sem o pagamento, me sentia constrangido de pedir internação de paciente", reconheceu o promotor Diaulas.

 

InCor

 

Outra grande preocupação dele, no entanto, é a falta de pagamento ao Instituto do Coração (InCor), que também presta serviço à rede pública. Recebe pacientes enviados principalmente pelo Hospital de Base do DF. Os diretores do hospital procuraram o promotor para comunicar que a unidade não tem nem dinheiro para comprar antibióticos.

 

O secretário de Saúde, José Geraldo Maciel, anunciou ontem o pagamento de R$ 1,2 milhão referentes ao período de setembro a novembro do ano passado. "Com isso, o InCor, que está com dificuldades para fazer o atendimento, poderá retomar seus serviços", afirmou. O secretário acrescentou que as contas apresentadas pelo hospital daqui para frente serão pagas em dia.

 

Outra novidade anunciada ontem pelo GDF se refere à destinação de uma receita de R$ 54 milhões para aquisição de remédios de alto custo que irão reabastecer a rede pública. Os recursos vão suprir o mercado até março. O governo prometeu renovar os estoques a cada três meses. A despesa mensal com medicamentos de alto custo é de R$ 18 milhões. "Começamos a comprar os remédios hoje (ontem) e esperamos que a rede esteja abastecida em duas semanas", concluiu o secretário.