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Federação dos Hospitais do Rio divulga novo levantamento sobre impacto da dengue

O presidente da Federação dos Hospitais do Estado do Rio de Janeiro (FEHERJ) e da Confederação Nacional de Saúde (CNS), José Carlos de Souza Abrahão, divulgou no final da tarde da última sexta-feira (dia 28/3) uma nova avaliação com os números da dengue nos estabelecimentos médico-hospitalares particulares.
O levantamento refere-se ao período compreendido entre 21 e 27 deste mês. Foram ouvidos 40 do total de 100 hospitais e clínicas privados que oferecem atendimento de emergência no município do Rio de Janeiro. O estudo revelou que se manteve a média de um volume superior em mais de 50% – chegando inclusive a dobrar em algumas unidades – os atendimentos de emergência por conta da dengue.  A novidade constatada através desse último estudo é que, em apenas uma semana, houve um aumento de 20% do total de pacientes encaminhados para internação nesses estabelecimentos.

Segundo o presidente das entidades, José Carlos Abrahão, os números levaram muitas unidades a aumentar em cerca de até 30% o seu efetivo, contratando médicos, enfermeiros e recepcionistas. “Queremos agilizar e melhorar a qualidade dos atendimentos. O momento de tensão é geral, tanto por parte dos pacientes e seus familiares, quanto por parte dos profissionais de saúde. Nossas equipes estão trabalhando sob altos índices de estresse, desgaste, pressão e cansaço. Este cenário está, inclusive, dificultando novas contratações por parte dos hospitais, pois não é todo mundo que se submete a trabalhar sob essas condições”, explicou Abrahão.

 

 

Reunião com Ministério e Secretaria estadual de Saúde:

 

O presidente da FEHERJ e CNS, José Carlos Abrahão, foi convocado pelo ministro da Saúde, José Gomes Temporão, a participar, no mesmo dia (sexta, 28/3), de uma reunião do chamado ‘Comitê Gestor de Crise’ na SES, centro do Rio. Estavam presentes também o secretário estadual de saúde, Sérgio Côrtes, além de diretores da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), de operadoras de planos de saúde e presidentes de sindicatos e associações que congregam hospitais privados.

Um dos assuntos discutidos refere-se a uma possível parceria entre a rede hospitalar privada e o governo para internação em unidades privadas de pacientes encaminhados pela Secretaria estadual de Saúde devido à ausência de vagas na rede pública. “Os hospitais privados desejam, nesse momento de crise, ajudar também no atendimento desses pacientes, mas há de se ressaltar que as nossas unidades também estão trabalhando no limite de sua capacidade, extremamente sobrecarregadas com pacientes particulares e de planos. Portanto, não basta querer. É preciso ter leito disponível para ser cedido”, explicou Abrahão.

Ficou decidido ainda que o ‘cartão-dengue’ deverá ser implantado imediatamente em todos os estabelecimentos de serviços de saúde, públicos e privados, para fins de controle epidemiológico e acompanhamento da doença. Também foi reiterada a obrigatoriedade da notificação imediata dos possíveis casos  de dengue às secretarias municipais (e estadual) de saúde.

O encontrou definiu ainda que, a partir de segunda-feira (30/3),  o ‘Comitê Gestor de Crise’ do Ministério da Saúde irá divulgar periodicamente os números da evolução da dengue, não só na rede pública, como também na privada, conforme informou o próprio secretário Sérgio Côrtes. Para tanto, haverá no comitê representantes também dos hospitais privados e das empresas operadoras.

O último balanço da doença divulgado pelo Ministério da Saúde, durante a reunião, dá conta de um total de 43 mil casos confirmados de dengue e 54 óbitos no Rio de Janeiro.