Em reunião realizada na semana passada (17), em Toledo, representantes das secretarias estadual e municipais de Saúde e diretores do Hospital Filadélfia, de Marechal Cândido Rondon, chegaram a um entendimento para que o hospital não seja fechado. Pelo menos é isso que tudo indica.
Conforme o diretor clínico do hospital, Ivo Becker, na reunião de ontem os diretores do Filadélfia levaram uma proposta diferente da qual os integrantes da Secretaria de Saúde haviam apresentado. “Não muito diferente, mas inicialmente eles não aceitaram daquela forma, apesar de reconhecerem a necessidade da permanência do hospital. Depois de muita discussão, praticamente chegamos a um acordo”, destaca.
Neste acordo, segundo o diretor clínico, o Hospital Filadélfia criaria uma ala para atender entre 20 e 40 adolescentes, dependentes químicos, de ambos os sexos. “Seria um trabalho pioneiro no Paraná. Para isso eles propuseram oferecer uma diária diferenciada, porque depois querem implantar essa ala de adolescentes em outras três ou quatro partes do Paraná. A ala ainda é uma incógnita como vai funcionar, por isso procuraremos um outro local que já tenha isso implantado para visitarmos. Aceitamos a proposta de implantação da ala e com isso foi possível melhorar a negociação sobre o pagamento das diárias do hospital”, declara, acrescentando que mesmo assim o valor não é o que a direção do hospital desejava. “Mas se aproximou da necessidade e por isso a direção está pensando seriamente em fechar o negócio. Está se chegando a um acordo”, afirma.
Outra proposta apresentada é que o Hospital Filadélfia atenderia os municípios correspondentes às regionais de Saúde de Toledo, Cascavel, Foz do Iguaçu, Pato Branco e Francisco Beltrão e atenderia com a capacidade máxima, de 240 leitos.
Ambulatório e CAP
Outra notícia positiva, de acordo com Ivo Becker, é que durante a reunião foi acenada a possibilidade de implantar um ambulatório de referência, por meio de consórcios intermunicipais de saúde. “Já a Secretaria de Saúde de Marechal Rondon pediu a implantação de um Centro de Atendimento Psicossocial (CAP), o qual é uma exigência do Ministério da Saúde em municípios com mais de 20 mil habitantes, e seria feito por meio de convênios”, informa.
Segundo o diretor clínico, o acordo ainda não foi firmado, pois a direção do hospital vai aproveitar o final de semana para fazer um estudo mais profundo das propostas e a resposta definitiva deve ser anunciada até terça-feira (21), para então ser elaborado os devidos contratos. “O ânimo maior seria pelo fato de que o hospital não está fechando, até porque entendemos a necessidade de mantê-lo