Na América Latina, o câncer de colo uterino é a segunda neoplasia mais freqüente e também a segunda causa de morte por câncer entre as mulheres. Os programas atuais de controle do câncer de colo uterino têm sido muito eficazes.
A conscientização feminina de que a prevenção, o diagnóstico e tratamento das lesões em uma fase que chamamos de pré-câncer são as únicas possibilidades de evitarmos a evolução para o câncer ainda tem que ser ressaltado, pois é são de extrema importância.
O exame ginecológico com coleta de material para avaliação citológica já é bem conhecido, mas nem sempre realizado com a regularidade necessária. Ainda hoje, muitas mulheres passam longos períodos sem consultarem um especialista.
A ginecologista Ângela Carvalho diz que na vigência de alterações no exame preventivo, serão indicados outros exames complementares como a colposcopia e eventualmente a biópsia para estudo anátomo-patológico e, diante deste resultado, será indicado o melhor tratamento. “Sempre esses tratamentos têm grandes possibilidades de cura”, diz.
Sabe-se da relação do vírus HPV (Papilomavirus Humano) como um dos fatores envolvidos no desenvolvimento de lesões pré-câncer de colo uterino. Esse vírus se aloja na pele e nas mucosas genitais, como a vulva, a vagina, o colo de útero, e o pênis. É o principal causador do câncer de colo de útero e é transmitido no contato sexual.
Sendo assim, foram desenvolvidas vacinas preventivas, já disponíveis no mercado, indicadas para mulheres ainda não infectadas pelo vírus HPV ou para mulheres inativas sexualmente a partir dos nove anos de idade.
Porém essas vacinas ainda não são acessíveis à população
Segundo a Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED), não há prazo para a distribuição gratuita do medicamento nas redes públicas de saúde.
E mesmo vacinada, a mulher deverá continuar realizando seus exames de Papanicolau regularmente.