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Crise pode afetar outros hospitais de Curitiba

Uma audiência pública realizada na terça-feira, no Tribunal Regional do Trabalho – 9ª Região, em Curitiba, promoveu o debate sobre a situação de crise enfrentada pelo Hospital Universitário Evangélico de Curitiba e acendeu um sinal de alerta quanto à realidade da saúde na Capital. 

Para o presidente da Federação das Santas Casas de Misericórdia e Hospitais Beneficentes do Estado do Paraná (Femipa), Flaviano Feu Ventorim, enquanto não houver uma discussão sobre o financiamento, mais hospitais filantrópicos irão enfrentar dificuldades para manter as atividades. “A Saúde não é uma prioridade no país e isso precisa mudar”, afirmou o presidente, lamentando a ausência de representante da esfera municipal na audiência.
A dívida do Hospital Evangélico de Curitiba já chega a R$ 350 milhões, enquanto o déficit mensal é de R$ 5 milhões, segundo informações da atual intervenção. O representante dos filantrópicos afirmou que muitos hospitais filantrópicos não são atrativos para os convênios. “Isso precisa ser revisto, já que o SUS não é fonte de sustentabilidade financeira”, declarou.
Ventorim lembrou que o desemprego levou muitos usuários dos planos de saúde para o Sistema Único de Saúde (SUS). “O financiamento para o próximo ano já está prejudicado pela paralisia da economia”, disse.