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Escândalo causa queda de 40% em doação de sangue

A Santa Casa de São Paulo registra uma queda de 40% nas doações de sangue desde a deflagração da Operação Vampiro. “É um exemplo que tem se repetido nos principais centros coletores do País”, alerta o presidente da Sociedade Brasileira de Hematologia, Dante Langhi. “Qual a primeira coisa que vem à cabeça quando se fala em sangue? Transfusão”, diz Langhi, também coordenador da Área de Hematologia da Santa Casa.
O termo “máfia do sangue”, usado para definir o grupo suspeito de fraudar licitações no Ministério da Saúde para compra de hemoderivados, segundo os médicos da área, está assustando as pessoas que costumavam fazer doações. Na semana passada, o próprio ministro Humberto Costa alertou para o problema.
“É preciso esclarecer que os médicos hematologistas e os serviços de hematologia (como doações e transfusões) não têm nada a ver com as fraudes”, explica Langhi. “O caso tem a ver com medicamentos, produzidos a partir do sangue e que nem são fabricados no Brasil.”
Por mês, a Santa Casa recebe cerca de 5 mil doações de sangue – o que é pouco diante da grande demanda. Agora, a queda de 40% no recebimento de sangue tem tido implicação direta nas cirurgias programadas. “Somos obrigados a adiar cirurgias para conseguir manter o estoque estratégico que é usado nas emergências.”