É indiscutível que os serviços da área de saúde vêm obtendo expressivo avanço científico e tecnológico. Esta constatação é o reflexo dos investimentos em pesquisas, sofisticados aparelhos de diagnósticos, monitoramento, medicamentos de última geração, técnicas cirúrgicas cada vez mais avançadas e menos invasivas, além de ações no desenvolvimento da medicina preventiva. Porém, para se obter um resultado positivo nas terapêuticas aplicadas, não se pode deixar de levar em consideração o estado psicológico do paciente, o qual pode interferir positiva ou negativamente no resultado do tratamento.
Atento a esse novo paradigma, o Hospital Pilar, em Curitiba, resolveu investir pesado em UTIs mais humanizadas. Aquele ambiente frio, coletivo, repleto de aparelhos, solidão e desesperança deixa de existir no Paraná, passando a contar com inúmeros diferenciais em termos de conceito, espaço físico, ambientação, investimento científico, tecnológico e sobretudo calor humano.
Privacidade e tecnologia
O Hospital inaugurou e colocou em funcionamento, a única UTI do Estado, verdadeiramente humanizada, com 27 leitos onde o paciente internado pode ter o acompanhamento familiar em tempo integral. A área possui leitos individualizados, com banheiro privativo, sistema de climatização próprio, televisão a cabo e ponto de acesso à internet 24h, sem perder o conceito e a qualidade do atendimento que uma UTI exige.
Além de estar acompanhado do familiar, o paciente é monitorado por meio do sistema remoto conhecido por Open Vida que permite que o médico assistente – aquele que fez a internação – observe o paciente e acompanhe sua evolução a distância. Ou seja, informações, como freqüência cardíaca, pressão, oximetria e gráficos de ECG, entre outros sinais vitais, juntamente com a imagem do paciente no leito, são transmitidos em tempo real no hospital. Este sinal é disponibilizado para acesso em palmtops, computadores e até celulares.
O Hospital Pilar aliou a informática e a tecnologia em equipamentos médicos
Companhia da família
Para R. L. G, paciente internada com problemas respiratórios, a UTI nova trouxe maior conforto, pois não existe o agito de uma UTI comum, nem barulho ou conversas. "Estar ao lado do meu marido é importante também. Como somos só nós dois, sentimos muita falta um do outro. Estar com ele é muito bom", reconhece. O marido, A.G., se diz surpreso com a novidade. "Não sabíamos que existia uma UTI assim. Tomamos conhecimento quando ela foi transferida do quarto. Foi uma notícia ruim, vir para a UTI, mas ao mesmo tempo conhecer a qualidade das instalações que a hospedava, trouxe muito alívio. Aqui temos privacidade", destaca.
Marco Aurélio Roche está acompanhando seu pai, internado há quatro dias. "Estar
Investimento e responsabilidade
Dr. Sérgio Sliva ressalta que a tecnologia do Open Vida proporciona uma integração médico-hospitalar ímpar. "O médico assistente tem a possibilidade de, junto ao médico intensivista, discutir e propor terapêuticas, pois vê, em tempo real, todas as reações do paciente, facilitando o acompanhamento. Quando o médico vem ao hospital ver o paciente, já está a par da sua evolução", comenta.
A procura por esse atendimento humanizado aumentou bastante, inclusive com a necessidade de se marcar reserva para esses leitos. "Os médicos chegam a desmarcar cirurgias para esperar que tenha leito disponível, pois sabem que o conforto e a reabilitação do paciente têm relação direta com o pronto restabelecimento", completa o médico.
Segundo Rodrigo Milano, diretor executivo do Pilar, o investimento foi de grande monta, mas valeu a pena. "Por meio da troca de informações entre a área administrativa e médica, em conjunto com o planejamento técnico, a tendência é que a UTI ocupe em torno de
É importante salientar que o familiar que acompanha o paciente durante sua internação na UTI deve obedecer às normas e rotinas da unidade, que são previamente esclarecidas. Edinaldo Silva de Oliveira, responsável pelo setor de enfermagem do Pilar explica que, para segurança do paciente e do familiar, este deve seguir as orientações da enfermagem e às regras de higiene determinadas pela Comissão de Controle de Infecção Hospitalar. "Não se pode esquecer que o familiar que ficará com o paciente viverá a rotina do hospital e deve ter um perfil adequado para não atrapalhar o tratamento", completa.