Os avanços da osseointegração, técnica desenvolvida na Suécia, na década de 60, podem ser uma alternativa futura para pacientes com pernas e braços amputados que não se adaptam bem às próteses. Na quinta-feira (17/05),
No Brasil, a osseointegração é usada em casos de implantes de orelha, nariz, dentes e enxertos ósseos na face. Ela utiliza parafusos de titânio enxertados na região mutilada onde se prende a prótese.
O principal ganho da técnica apresentada ontem por Branemark é a redução do desconforto causado pelas próteses convencionais, além da maior mobilidade. "Os pacientes têm de ser saudáveis, amputados em conseqüência de acidentes e que não tenham se adaptado a outras próteses", diz o cirurgião.
De acordo com Branemark, o implante de titânio não causa rejeição e, na maioria dos casos, os pacientes conseguem se adaptar bem. "Hoje essa é uma técnica (para pernas e braços) ainda em desenvolvimento, mas vejo um futuro promissor para ela, inclusive no Brasil", afirma. Cerca de 120 pacientes já receberam os implantes de pernas e braços com o auxílio da técnica desenvolvida por ele em países como Suécia, Espanha e Hungria.
Rickard é filho do criador da osseointegração, Per Ingvar Branemark, que, em 2005, inaugurou o Instituto Branemark em Bauru, interior do Estado de São Paulo. No centro, boa parte do atendimento é destinado à população carente.
O Hospital São Paulo, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), também realiza esse tipo de implante (orelha, dentes, nariz e enxertos ósseos). De acordo com Luciano Dib, do Departamento de Cirurgião de Cabeça e Pescoço da Unifesp, cerca de 70 pacientes já foram atendidos na instituição.