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Autogestão em saúde supera R$ 8 bilhões de investimentos anuais

      A 8.ª edição da Pesquisa Nacional anual realizada pela UNIDAS – União Nacional das Instituições de Autogestão em Saúde mostrou um aumento superior a 22% no total dos investimentos realizados por empresas brasileiras que possuem planos de Autogestão em saúde para seus empregados: subiu de R$ 6,6 bilhões em 2005 para R$ 8,1 bilhões em 2006. Identificou ainda que existem mais de 270 mil beneficiários com idade acima de 70 anos, o que equivale a aproximadamente 10% do total pesquisado. Desses, 2.047 têm 100 anos ou mais. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgados em dezembro/2007, apontam que, no Brasil, já chega a 11.422 o número de pessoas com 100 anos ou mais. O levantamento demonstra que, na saúde suplementar, comparando-se com dados da própria Agência Naciobnal de Saúde Suplementar (ANS), o Segmento de Autogestão é o que possui maior proporção de idosos, o que evidencia a preocupação em manter o atendimento a essa população.

      Atualmente, a UNIDAS tem 146 filiadas, que administram programas de assistência à saúde na modalidade de Autogestão, segmento do mercado de saúde suplementar escolhido por instituições preocupadas com a qualidade de vida de seus colaboradores. São mais de 5 milhões de beneficiários, entre empregados de empresas como Embraer, Itaú, Volkswagen, Aracruz Celulose, e participantes de entidades como a Cassi (Banco do Brasil), Sabesp e Geap, dentre outras.

          A pesquisa anual é considerada imprescindível para o setor uma vez que obtém informações pertinentes, que subsidiam a tomada de decisão de cada organização. Para a presidente da entidade, Marilia Ehl Barbosa, "o registro permite mensurar efetivamente o que está sendo utilizado e de que forma os beneficiários do sistema usufruem do programa". Ela enfatiza que uma pesquisa como esta "possibilita a avaliação dos dados, permitindo aos dirigentes das instituições conhecer e principalmente acompanhar os indicadores como forma de diminuir as incertezas e mitigar os riscos inerentes à gestão dos programas de assistência à saúde".

        Segundo Marilia, "ao divulgar uma pesquisa como esta, o que se busca é que cada empresa integrante do sistema possa avaliar o seu desempenho, objetivando se esforçar para se destacar nas comparações realizadas com as empresas integrantes do grupo de benchmark do seu setor de atividades".

Principais destaques

      A Pesquisa Nacional UNIDAS, com informações da Autogestão do ano de 2006, foi desenvolvida em parceria com o Centro Paulista de Economia da Saúde (CPES), da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Seus dados foram fornecidos pelas filiadas, compreendendo um universo de 2,7 milhões de pessoas. Dessas, 57,3% são beneficiários ativos, 21,3% aposentados e 21,4% agregados. Segundo informações das entidades respondentes, 87,3% dos beneficiários fizeram uso dos programas de assistência à saúde.

        Mostrou que o beneficiário, a cada ano, custa mais para a empresa. Em 2006, o valor per capita/mês foi de R$ 132,71, contra R$ 108,55, em 2005 e R$ 106,97 em 2004.

Os custos das internações, responsáveis pela maior parcela das despesas assistenciais, também tiveram aumentos significativos: o custo médio de uma internação hospitalar ficou em R$ 5.863,68, um crescimento de 50,43% em relação a 2005 (R$ 3.897,82) e de 84,75% quando comparado com o de 2004 (R$ 3.173,87).

        Quanto aos exames preventivos divulgados na Pesquisa, os principais índices são os do Papanicolau, que auxilia no diagnóstico precoce do câncer uterino, realizado por mulheres entre 19 e 59 anos. No caso dos homens, o exame PSA, que auxilia no diagnóstico precoce do câncer de próstata.

        Em relação aos planos odontológicos, o custo per capita mensal é de R$ 5,70. Do total de beneficiários, 30% (274.432) fizeram uso desta cobertura.