O secretário da Saúde, Gilberto Martin, fez nesta terça-feira (12), na Escola de Governo, uma exposição das obras do Estado voltadas à saúde e afirmou que a construção dos hospitais fortalece o sistema no interior e permitirá reorganizar o fluxo de atendimento dos pacientes, criando novos pólos médico-hospitalares. “Com toda essa estrutura, podemos reorganizar o programa SUS, com assistência capacitada disponível cada vez mais próxima da população do Paraná”, ressaltou Martin.
Como exemplo de planejamento, o secretário citou o Hospital Regional do Sudoeste, em Francisco Beltrão, com investimento de R$ 14 milhões, e que está em fase final de conclusão. “Uma vez concluída essa obra, assim como nos demais hospitais, estipulamos o prazo de 60 a 90 dias para instalar o mobiliário e os equipamentos”, explicou.
De acordo com o governador Roberto Requião, a forma de licitação que vem sendo utilizada também merece destaque. “Nós estimamos a quantidade de equipamentos e fazemos concorrência para registro de preço que é válido por um ano. Na medida que os hospitais ficam pronto, nós mobilizamos o fornecedor e não precisamos fazer concorrência. Isso aumenta a rapidez do processo e diminui o preço”, explicou o governador, que acrescenta que “pelo menos 90% desses equipamentos (dos hospitais) já estão comprados”.
Ao todo, 34 hospitais estão sendo construídos, reformados e ampliados em todo o Paraná. Na capital, o grande destaque é o Centro Hospitalar de Reabilitação Ana Carolina Moura Xavier. Com investimentos da ordem de R$ 35 milhões, é referência na reabilitação física e motora da região sul. “Esperamos que até o final do ano esse hospital já esteja com seu funcionamento pleno. Incluindo desde atendimento ambulatorial até cirúrgico, enfim, com todo o suporte necessário e possível para a reabilitação dos pacientes” conclui, Martin.
“Ponta Grossa é uma região que teve a maior transformação na área da saúde. Isso é visto pela mudança no quadro, que antes registrava apenas 18 leitos de UTI em funcionamento e agora conta com 84 leitos. Fora os dez leitos adultos de Telêmaco Borba, os quais atendem toda aquela região da 3ª e 21ª Regional de Saúde”, disse o secretário.
Essa mesma região também contará com dois hospitais regionais: o regional de Ponta Grossa, de alta complexidade e investimentos de R$ 17 milhões; e o regional de Telêmaco Borba, média complexidade, com investimento inicial de R$ 6 milhões.
Além de investimentos em hospitais próprios o Estado também investe em hospitais particulares e municipais credenciados ao Sistema Único de Saúde (SUS). Entre eles, o Hospital Municipal de Araucária, que recebeu R$ 7,3 milhões, recurso utilizado na aquisição de equipamentos. “Nós financiamos as obras civis e doamos todo o equipamento”, enfatizou Requião.
Também receberam investimentos os hospitais de Iporã, Itaúna do Sul, Marumbi, Porecatu, Miraselva e São Tomé – os quais, juntos, somam R$ 2,4 milhões.
No Hospital Bom Pastor, localizado em Turvo, R$ 49 mil são utilizados em reforma e ampliação. Em Rio Azul, para a conclusão do Hospital de Caridade São Francisco de Assis, o Governo do Estado destinou R$ 387 mil.
O Hospital de Foz do Iguaçu também recebeu repasse financeiro. Ao todo, R$ 3 milhões foram utilizados para ampliação dos leitos gerais e de UTIs que possibilitam melhor atendimento aos aproximadamente 286 mil habitantes daquela região.
Em estrutura operacional, o governador citou o exemplo do Hospital da Lapa, em que uma nova direção reorganizou o atendimento na unidade. “O hospital hoje é uma das preciosidades do sistema de saúde do Paraná”, frisou o governador.
O Centro de Diagnóstico de Paranaguá que atende outra grande parcela da população – aproximadamente 147 mil habitantes – obteve investimentos de R$ 1,4 milhão em obra e R$ 534 mil em equipamentos.
Em Londrina, o Centro de Tratamento de Queimados já encontra-se em funcionamento. O investimento foi de R$ 2,3 milhões. Enquanto que o pronto-socorro do Hospital Universitário da UEL está com 80% dos 2,5 mil m² de obra concluída – o investimento é de R$ 3,9 milhões. Os hospitais Zona Sul e Zona Norte de Londrina usufruem de, respectivamente, R$ 7,6 milhões e R$ 6,6 milhões. Ambos com previsão de entrega para 2009.
Em processo de conclusão, a Sociedade Hospitalar Beneficente de Andirá empregou R$ 1,3 milhão. O Hospital Pequeno Príncipe, R$ 3 milhões, concluiu a parte que o Estado se comprometeu a fazer.
Ao contrário do Hospital da Polícia Militar (R$ 7,3 milhões) e dos hospitais regionais do Norte Pioneiro (R$ 500 mil em equipamentos), em Santo Antonio da Platina, e do Noroeste (R$ 8 milhões), em Paranavaí – que estão em funcionamento – o Hospital Estadual Dr. Wallace Thadeu de Mello e Silva, em Guaraqueçaba, teve sua obra interrompida devido a problemas ocasionados pela construtora. Nesta unidade, os investimentos são da ordem de R$ 2,1 milhões.
Com projeto arquitetônico e complementares em fase de elaboração, o Hospital de Quedas do Iguaçu tem autorizado o recurso de R$ 3,5 milhões. Além disso, o Governo faz repasse mensal de R$ 165 mil para o Instituto da Mulher – Hospital Victor Ferreira do Amaral, em Curitiba.
Também se encontram em transformações estruturais o pronto-socorro de Ponta Grossa, Hospital de Lupionópolis e o Hospital de Alvorada do Sul.
ATENDIMENTO PEDIÁTRICO – O Hospital Infantil de Campo Largo, localizado na região metropolitana, recebe investimento de R$ 14 milhões e encontra-se com 98% de obra concluída. A unidade contará com 120 leitos. Além de 30 Unidades de Terapia Intensiva (UTI) – sendo 20 neonatais e 10 pediátricas. Além de 10 Unidades de Cuidados Intermediários (UCI).
Na região dos Campos Gerais, o Hospital da Criança, contou com recursos no valor de R$ 1,5 milhão. A ampliação possibilitou a implantação dos 10 primeiros leitos de UTI pediátrica da região. A estimativa é atender perto de 1 milhão de habitantes.