O Coren/PR e o CRM-PR (Conselho Regional de Medicina do Estado do Paraná) firmaram entendimento para promover ação conjunta em relação ao Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná, que na semana passada foi colocado sob indicativo de interdição ética médica em alguns setores de UTI, com prazo de 120 dias para equação dos problemas mais graves que impactam na prestação de serviços à população, em especial a falta de profissionais de enfermagem.
Em reunião realizada no dia 13 deste mês, o presidente do CRM-PR, Luiz Ernesto Pujol, reuniu-se com a presidente do Coren/PR, Simone Aparecida Peruzzo, que em seu extenso currículo tem estreita relação profissional com o Hospital de Clínicas, há 31 anos, o que inclui gestão na Diretoria de Enfermagem.
A presidente Simone assinalou que nas próximas semanas deve ser concluída a fiscalização do Conselho e ficou definido, na ocasião, que ambas as autarquias emitirão nota oficial sobre as determinantes do déficit de enfermagem naquela instituição. O CRM-PR já realizou a sua vistoria com a indicação das carências que impactam na prestação de serviços com segurança.
A presidente do Coren/PR ainda acrescentou durante a reunião que houve uma série de manifestações, por parte de enfermeiros, sobre o uso do termo “auxiliares de médicos” em entrevistas concedidas pelo presidente do CRM-PR em relação ao indicativo de interdição ética na semana passada. Segundo Simone Peruzzo, “houve uma interpretação de menos-valia da categoria”. O presidente do CRM-PR justificou não haver motivo para tal, posto que “auxiliar médico não tem nenhuma conotação pejorativa”, e a presidente Simone Peruzzo reforçou “a importância do trabalho em equipe e que saúde se faz com ações interdependentes, intercomplementares, envolvendo médicos, enfermeiros e demais profissionais da área, dentro e fora do ambiente hospitalar”.