Como parte das atividades comemorativas do Dia do Enfermeiro, comemorado neste 12 de maio, dirigentes hospitalares e do Conselho Regional de Enfermagem do Paraná realizaram nesta quarta-feira (11) reunião na Sede da Fehospar para analisar questões inerentes ao exercício da atividade, em especial a má-formação, agravada com o crescimento acelerado de abertura de cursos de graduação a distância (EAD)em todo o país e que, só no Paraná, está abrindo 58 mil novas vagas.
No encontro, a Fehospar e também o Sindipar e a Ahopar, através de seus diretores, firmaram posição de apoio ao Coren-PR na campanha institucional deflagrada em âmbito nacional visando mostrar os riscos da abertura indiscriminada de vagas, pois impactam diretamente na qualidade da assistência. Os dirigentes reiteraram que os profissionais de enfermagem são fundamentais para, ao lado dos demais integrantes da equipe multidisciplinar, balizar a qualidade do atendimento.
Simone Peruzzo, e a diretora do Departamento de Fiscalização, Lenita Vaz, as quais fizeram relato das muitas ações que vêm sendo desenvolvidas ao longo do maio, nas comemorações do “Mês Integrado da Enfermagem no Paraná”, iniciadas no dia 5 e que se estendem até 25, incluindo palestras em instituições hospitalares de Curitiba e outras cidades.
Outras iniciativas, do Coren-PR, representante de 85 mil trabalhadores, incluem a realização de audiências públicas, como a realizada em Foz do Iguaçu, com mais de 200 participantes. Em 17 de maio, Dia Nacional da Luta pela Valorização da Enfermagem, a audiência vai ocorrer na Câmara de Curitiba. No dia 20, será realizada a solenidade de premiação a profissionais da enfermagem paranaense, o Coren Premia 2016.
De acordo com a presidente do Conselho, a apresentação da pesquisa Perfil da Enfermagem no Brasil está contribuindo para uma discussão mais realística das dificuldades do exercício da atividade. O contingente de trabalhadores na área de saúde no país, conforme o IBGE, é de 3,5 milhões, sendo a metade da área de enfermagem. A pesquisa indica que o quadro envolve 77% de técnicos e 23% de enfermeiros, sendo predominante a presença feminina (85,1%).
Ao destacar que o hospital tem no esforço dos enfermeiros o seu grande diferencial, Luis Rodrigo Milano aproveitou para destacar que o cenário de crise hoje presente no país se reflete de forma marcante no setor de saúde, que experimenta assustador momento de redução de postos de trabalho, algo que não ocorria há mais de três décadas, com origem no fechamento de leitos e serviços. O presidente em exercício da Fehospar conclamou o Coren a se engajar em pautas comuns visando a valorização das empresas de saúde e dos profissionais que nela atuam. A presidente do Conselho aproveitou para ressaltar a disponibilidade aos profissionais de enfermagem de cursos de capacitação gratuitos e que podem ser conhecidos acessando o Portal do Coren. De acordo com ela, a atualização tem levado em conta as principais dificuldades detectadas entre os profissionais, que dizem respeito, pela ordem, à ética e legislação, processos de trabalho (geração de conflitos) e sistematização de assistência.
