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Apreendidos remédios de tarja preta roubados

 

A polícia finalizou ontem uma operação que apreendeu cerca de cinco mil caixas de remédios controlados e quatro mil seringas desviadas de hospitais públicos e particulares, de clínicas e de distribuidoras de medicamentos, do Rio, de Niterói e São Gonçalo. Duas pessoas foram presas. Uma enfermeira do Hospital Souza Aguiar foi detida e liberada em seguida.

 

            A operação Tarja Preta 2 teve início quarta-feira, quando Luiz Otávio Pires, de 54 anos, negociava a venda de um remédio para tratamento de câncer (Malthera), que custa cerca de R$ 8 mil, para Ricardo Ferrer Júnior, de 39. Eles foram presos em flagrante no Centro e encaminhados para a 22 DP (Penha). Ontem, a enfermeira que trabalha no Souza Aguiar foi detida no próprio hospital. Ela seria integrante da quadrilha, que é acusada de esquentar com notas frias os medicamentos desviados e revendê-los para hospitais públicos e particulares.

 

 

Quadrilha agia em outros quatro estados

 

            Ao todo, foram cumpridos 17 mandados de busca e apreensão de remédios, no Centro e nos bairros de Rocha, Engenho de Dentro, Ilha do Governador e Vila Valqueire, bem como nos municípios de Niterói e São Gonçalo. A operação foi realizada em conjunto com a 44 DP (Inhaúma) e contou com 11 equipes.

 

            – Essa quadrilha tem ramificações nos estados de São Paulo, Paraná, Minas Gerais e Rio Grande do Sul – disse o delegado Eduardo Freitas, da 22 DP (Penha), que investiga o caso.

 

            Na primeira fase da operação, em abril, três pessoas foram presas. Por conta de desvio de remédios, equipamentos e material médico-hospitalar, em 1999, o governo estadual anunciou a retomada de hospitais cuja administração havia sido terceirizada pelo governador Marcello Alencar. No dia seguinte à publicação da medida no Diário Oficial, o estado determinou que policiais militares ficassem de plantão nos hospitais para evitar que mais furtos fossem praticados.

 

            Em 1998, o Hospital dos Servidores do Estado (HSE), para acabar com o desvio de material e medicamentos, passou a controlar o vaivém de médicos, visitantes e pacientes com a instalação de 12 roletas eletrônicas.