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Autoridades discutem combate a epidemias

Médicos e empresários discutiram, ontem (31), sobre os avanços do Brasil na saúde, qualidade de vida e longevidade no 5º Fórum de Saúde e Bem-Estar em São Paulo. O evento é promovido pelo Grupo de Líderes Empresariais (Lide) e pelo Lide Saúde.

O Lide, presidido por João Doria Jr., é um Grupo de Líderes Empresariais com 1.700 empresas filiadas (internacionais e regionais), que tem por objetivo fortalecer o desenvolvimento econômico e social, e os princípios éticos de governança corporativa no setor público e privado.

Também estiveram presentes ao evento autoridades como o governador do Estado de São Paulo, Geraldo Alckmin, o secretário da Saúde do Estado de São Paulo, David Uip, e o secretário de Saúde da cidade de São Paulo, Alexandre Padilha.

Nesta edição, os temas abordados foram: “Mitos, Verdades, Limites e Medos”; “O sono e sua importância no contexto da longevidade”; “Como preparar o corpo e a mente para uma vida melhor?” e “A tecnologia a serviço do homem e da sua saúde”.

O fórum foi aberto com o debate sobre o atual cenário de epidemias no Brasil, e como combatê-las. “As políticas públicas contra uma epidemia envolvem as gestões federal, estadual e municipal. A prevenção é o melhor caminho, com a criação de vacinas, que precisam de grandes investimentos financeiros, além da realização de pesquisas no País”, disse o secretário da Saúde do Estado de São Paulo, David Uip.

Segundo as autoridades públicas do Estado de São Paulo, as doenças transmitidas por insetos são, atualmente, uma das principais preocupações para o setor de saúde. O Estado de São Paulo apresentou resultados insatisfatórios em relação à dengue, em 2015, mas uma mudança de postura no combate à doença mostrou grandes evoluções neste ano. “Nos primeiros cinco meses de 2015, foram 898 mil casos, com 476 mortes. Neste ano, foram 300 mil casos, com 49 mortes. Outras 75 ainda estão em investigação”, apontou Uip.

O secretário também falou sobre o chikungunya, zika vírus, influenza e sobre as doenças sexualmente transmissíveis. Segundo Uip, a chikungunya é mais preocupante que o zika, pois foram detectados 63 casos autóctones (criados dentro do Estado de São Paulo), em 2016, enquanto, em 2015, não houve nenhum – a expectativa é de aumento até o fim do ano.

Longevidade

A médica pneumologista do Instituto do Sono, Luciane Fujita, falou sobre a importância do sono na qualidade de vida. “Esse é um dos 14 fatores para a longevidade e sua qualidade se altera com o envelhecimento, especialmente em frequência do aumento de despertares. Perdem-se 27 minutos de sono por década até os 80 anos”, disse a especialista. Por isso, segundo Fujita, a insônia prevalece em idosos, podendo chegar em até 25% dos casos em maiores de 60 anos.

Tecnologia

O presidente do Lide Saúde e do Hospital Albert Einstein, Claudio Lottenberg, falou sobre a importância de detectar tecnologias que sejam eficientes para o paciente. Segundo ele, é necessário que as empresas pensem as tecnologias de forma individualizada, aprimorando-as para as necessidades dos cidadãos. “O resultado é a diminuição do tempo de internação”, disse. O sócio da B2Cd Consultoria Empresarial e ex-presidente da Anvisa, Dirceu Barbano, vê a tecnologia na saúde indo em direção à prevenção, à conscientização e em fornecer autonomia às pessoas limitadas por doenças. “Ações como essas podem exigir menos do sistema de saúde”, afirmou.