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Câncer: Novos remédios permitem contornar efeitos pós-tratamento

A atenção à necessidade de garantir uma melhor qualidade de vida após o tratamento de pacientes com câncer, principalmente o curativo, tem ganhado espaço com o desenvolvimento de novos medicamentos e novas terapias. Até problemas permanentes, como a infertilidade em homens e mulheres podem ser contornados se, aliado ao tratamento do tumor, forem adotadas medidas alternativas que garantam a reprodutividade após o tratamento.

De acordo com o oncologista clínico, dr. Flávio José Reis, a maioria das conseqüências do tratamento de câncer pode ser revertida, como insensibilidade na ponta dos dedos dos pés e das mãos e a queda de cabelo. “Dependendo do tipo de tratamento, estes efeitos podem durar mais ou menos tempo, mas, em geral, são temporários”, explica Reis.

Os métodos vão desde a administração de medicamentos à utilização de terapias alternativas. “Já existem no mercado mais tipos de medicamentos específicos para cada tratamento e as drogas mais atuais têm um perfil de intoxicação menor”, afirma o oncologista clínico do Centro Especializado em Oncologia e Hematologia (Ceon).

Além da prescrição de remédios, o tratamento paralelo de conseqüências previstas também favorece o paciente após sessões de quimioterapia ou radioterapia. Nos casos de infertilidade, por exemplo, procedimentos como a retirada de esperma para posterior fertilização in vitro pode possibilitar que homens tenham filhos. No caso de mulheres, as técnicas incluem o congelamento de tecido ovariano. “São medidas tomadas antes de começar o tratamento. Em alguns casos, não há forma de evitar a infertilidade, mas é possível criar alternativas para contornar o problema”, diz Reis.

Mudanças de hábitos também entram no grupo de medidas para minimizar efeitos. “Para mulheres com câncer de mama, por exemplo, cuidados como evitar carregar muito peso ou fazer grande esforço físico podem diminuir problemas estéticos posteriores”, explica. “São medidas educativas ou terapêuticas que podem minimizar conseqüência pós-tratamento, especialmente nos casos de câncer curativo”, explica o oncologista clínico, dr. Flávio José Reis.

Dr. Flávio avalia que a adoção de tratamentos mais modernos pode custar mais caro inicialmente. Já que algumas drogas novas têm um alto custo. “Esta não é uma realidade apenas brasileira, mas mundial”, ressalta. Entretanto, a atenção a estes efeitos podem diminuir os custos posteriormente já que produz no paciente a expectativa de ter uma vida o mais próximo do normal possível, com menos rejeição ao tratamento. “Com isso, diminui o número de internações e melhora a adaptação ao tratamento, completa Reis.