Um leito de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) com quartos e banheiros privativos para acompanhante; TV a cabo; climatização individual; e acesso à internet. É nestes moldes que 12 dos 27 leitos do Hospital Pilar de Curitiba estão funcionando. A estrutura é pioneira no Brasil e vem suprir a falta de privacidade e conforto da estrutura comum a essas alas. Segundo o médico responsável pela novidade, Sérgio Sliva, “é uma idéia simples que faz toda a diferença”.
No quarto, além da maca, uma poltrona para o acompanhante. Segundo o médico, a presença da família ajuda no tratamento. “Nenhuma máquina substitui o carinho. Além disso, um ambiente tranqüilo ajuda na recuperação dos pacientes. É o que chamamos de verdadeira humanização, deixar que a família esteja participando e acompanhando o processo”, afirma.
Outra novidade do novo modelo de UTI é o monitoramento feito pelo sistema Open Vida. “Consigo estar no consultório e, pela internet do hospital, através de uma senha, tenho acesso ao meu paciente e todos os dados e sinais vitais. Desta forma, sem estar presente, podemos interagir com os médicos do hospital”, explica Sliva.
Segundo o médico intensivista, o novo modelo veio substituir o “comum” existente em todas as UTIs do país, ou seja, uma maca do lado da outra, separadas por cortinas, e sem dar ao paciente ao menos a noção de tempo e espaço. “É uma idéia de dez anos que consegui realizar agora. Pretendemos manter os leitos comuns para o atendimento geral, até que o paciente se recupere e deixe as máquinas. Depois eles são transferidos para essa nova ala da UTI”, afirma.
Sliva diz que por enquanto a implantação do novo formato está sendo estudada apenas pelo Hospital Albert Einstein, de São Paulo.
