O movimento “De Olho no Imposto” comemorou a arrecadação de 1,5 milhão de assinaturas pela transparência tributária, no dia 18. “Esse é o resultado do trabalho da comunidade, do cidadão que não quer mais ser súdito e quer dizer o que deseja do poder”, afirma o presidente da Associação Comercial de São Paulo, Guilherme Afif Domingos.
Com a proposta de tornar obrigatória a impressão, nas notas fiscais, do valor dos impostos embutidos nos preços finais dos produtos e serviços, o abaixo-assinado deve ser entregue aos parlamentares em Brasília, no dia 31 de maio.
Líderes do movimento irão apresentar aos presidentes da Câmara dos Deputados, Aldo Rebelo (PCdoB-SP), e do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), uma minuta solicitando a regulamentação do parágrafo 5.º do artigo 150 da Constituição Federal, que diz: "A lei determinará medidas para que os consumidores sejam esclarecidos acerca dos impostos que incidam sobre mercadorias e serviços."
Com a discriminação dos impostos nas notas fiscais, a campanha quer incentivar os cidadãos a cobrar a contrapartida do governo em serviços públicos de qualidade.
Afif credita o êxito do movimento ao trabalho de “formiguinha” de todas as entidades que formaram uma rede no Estado de São Paulo e em algumas outras capitais. Desde janeiro, entidades como a Associação Comercial, a Associação Médica Brasileira, a Ordem dos Advogados do Brasil e a Força Sindical – que haviam participado da Frente Brasileira contra a MP 232 no ano passado – uniram-se para promover o "De Olho no Imposto" pelo País.
No total, a caravana percorreu mais de 400 cidades paulistas, além de Estados como Paraná, Bahia, Rio de Janeiro, Maranhão e Mato Grosso do Sul. A campanha também se fortaleceu pela internet, tendo o site www.deolhonoimposto.com.br ultrapassado 13 mil adesões on-line.