Maceió.O estado de emergência na área da saúde em Alagoas, decretado na última sextafeira pelo governador Teotonio Vilela Filho (PSDB), não alterou o quadro de caos em hospitais e unidades de saúde nem acabou com a greve dos médicos, que chegou ontem ao 86odia. Os quatro ambulatórios da capital estão fechados e há risco de suspensão do atendimento nos dois maiores hospitais públicos alagoanos, as unidades de Emergência do Agreste, em Arapiraca, e de Maceió.
– A Unidade de Emergência de Maceió virou hospital de guerra. Bagdá e Alagoas, na área médica, estão no mesmo patamar, com péssimas condições de trabalho e salários de fome – disse o presidente do Sindicato dos Médicos, Welington Galvão, referindo-se à capital do Iraque, país em guerra no Oriente Médio.
Ontem, os médicos fizeram novos protestos em Maceió, por melhores condições de trabalho e aumento salarial de 50%. O governo oferece 5%. Na segundafeira, 5.000 técnicos e enfermeiros decidiram aderir à paralisação.
A Unidade de Emergência em Maceió recebia pacientes de todas as partes do estado. A greve foi considerada ilegal há dois meses. Grevistas e sindicatos estão sujeitos a multas.
Ontem, médicos e uma comissão de negociação com integrantes do governo se reuniram para tentar acordo. Depois, os médicos fizeram uma assembléia para decidir sobre a greve. Até o fechamento desta edição, a reunião não havia terminado.