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Excesso de pacientes será compensado

No pátio das ambulâncias do Hospital das Clínicas de São Paulo, o embarque e desembarque de pacientes de toda parte do País são intensos. Na emergência do Hospital de Base do DF, a cena se repete com o fluxo de doentes da região do Entorno. Para amenizar o problema de caixa de unidades da Federação que recebem muitos pacientes de outras unidades, o Ministério da Saúde pretende criar um fundo de compensação. De acordo com o ministro Humberto Costa, a proposta deve ser apresentada, no início de 2004, aos secretários estaduais e municipais de saúde.
Para se ter idéia do problema em escala nacional, o transporte de pacientes de uma cidade para outra virou profissão. O motorista Dirson Brandão, por exemplo, investiu as economias na compra de uma ambulância e ganha a vida transportando doentes do oeste da Bahia para os hospitais do DF e Salvador. Em média, são três viagens semanais para Brasília. E a volta nunca é de carro vazio. “A saúde na nossa região é muito debilitada”, explica.
Segundo Brandão, a menor distância – cerca de 650 km, contra quase 900 km de Salvador – e a melhor condição das estradas são os principais atrativos para a escolha de um hospital do DF. Na maioria dos casos, o transporte é pago por prefeituras que economizam os recursos que seriam destinados aos atendimentos.
Atualmente, o principal componente para o repasse das verbas são as informações da base populacional do IBGE. Segundo o secretário de Atenção à Saúde do Ministério da Saúde, Jorge Solla, Tocantins, Piauí, São Paulo e Distrito Federal são os locais mais afetados com o fluxo de pacientes de outros estados. As maiores demandas são para tratamentos de alta complexidade. Para Solla, a solução passa pelo aumento do repasse de verbas para as regiões onde há maior demanda, além da expansão da capacidade instalada.