A maioria dos 239 hospitais filantrópicos do Rio Grande do Sul participa do protesto organizado pelo Movimento Saúde Para os Hospitais e não realiza a maioria dos atendimentos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) nesta segunda-feira. As entidades da área de saúde protestam contra os valores dos recursos repassados pelo governo federal e estadual ao setor. O movimento nas intituições da Capital não é alto. Estima-se que 60% dos pacientes tenham sido avisados da paralisação.
A situação na Capital
As instituições em greve com maior contingente de pessoas que procuraram atendimento nesta manhã, na Capital, foram a Santa Casa e o São Lucas da PUC. No entanto, na Santa Casa, quem não foi avisado recebeu atendimento. Já no São Lucas, os pacientes tiveram as consultas reagendadas ou foram orientados a voltar amanhã.
De acordo com o presidente do sindicato e vice-presidente da Federação dos Hospitais Filantrópicos, Júlio Mattos, 90% das casas participam da iniciativa de alguma forma:
– Na realidade, nao é um dia de paralisação, propriamente dito, é um ato de protesto contra o descaso do governo do Estado e da União com relação ao custeio do Sistema Único de Saúde e à gradativa desassistência da população.
A situação no Interior
Na Serra, pararam o hospital Nossa Senhora das Oliveiras, em Vacaria, e o Pompéia, em Caxias do Sul.
Casas fazem 70% dos atendimentos pelo SUS
Os hospitais filantrópicos são responsáveis por 70% dos atendimentos do SUS no Estado. Segundo o Movimento Saúde Para os Hospitais, os reajustes na tabela do SUS foram de 33% em 12 anos, enquanto a inflação do setor hospitalar no período foi de 400%. Todas as categorias envolvidas participam do protesto.
Os atendimentos de urgência e emergência são realizados normalmente. O movimento vai durar 24 horas. Amanhã, o atendimento volta ao normal.