Os hospitais conveniados ao SUS (Sistema Único de Saúde) irão recorrer à Justiça para receber o excedente ao teto proposto pelo governo para o repasse das AIHs (Autorização para Internamentos Hospitalares), bem como a liberação da verba retida desde o dia 1º de abril. De acordo com a presidente do Sindicato dos Hospitais de Cascavel, Carla Lima, durante todo o ano foram realizadas tentativas de um acerto com o governo, o que não aconteceu. “Tentamos conversar, mas não houve um acordo. Por isso, agora cada hospital vai entrar, via judicial, com um pedido de revisão do caso. Está é a única alternativa que encontramos para resolver o problema”, disse. A procura de auxílio judicial para solucionar o impasse criado em torno das AIHs foi discutido e apreciado depois de muita conversa com o governo, observou Lima. “Para os hospitais há um dificuldade muito grande em manter convênio com o SUS nessas condições. O déficit financeiro está muito além das nossas capacidades”, afirmou.
Teto para AIHs
Em abril deste ano, o governo do Estado promoveu um corte no custo médio das AIHs (Autorização de Internamento Hospitalar), na fixação de um teto, no orçamento e ameaçou não pagar o excedente. O governo alega que a medida é necessária para reverter um déficit de R$ 30 milhões na saúde pública. Por isso, segundo o governo, há a necessidade de rever o custo das AIHs e cortes nos valores praticados atualmente. O maior problema, para os hospitais, é que não pode haver recusa de pacientes e se a cota estabelecida pelo Estado estourar, os custos são bancados pela instituição.
