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HU de Cascavel não quer paciente de outras regiões

        A falta de atendimento de um paciente vítima de traumatismo craniano vindo de Guaíra, cujo drama de permanecer agonizando durante horas no lado de fora do Hospital Universitário foi estampado pelo Jornal O Paraná na edição de sábado passado, foi um dos motivos que levou ao agendamento de uma reunião entre as regionais de saúde para discutir o encaminhamento de pacientes vindos de cidades fora da área de abrangência da 9ª Regional de Saúde. A reunião acontecerá em Curitiba nesta quinta-feira e definirá pela manutenção de pacientes em suas regiões de origem, para não sobrecarregar pólos como o HU de Cascavel.
        De acordo com o chefe da 9ª Regional de Saúde, Jorge Trannin, outras medidas emergenciais estão sendo adotadas para conter a superlotação do HU, como a absorção de parte da demanda de emergência ao pronto-socorro do Hospital Santa Catarina, o encaminhamento de casos de oncologia ao Hospital Nossa Senhora da Salete e a absorção de parte dos casos de baixa complexidade a um hospital de Corbélia. Trannin aguarda para os próximos dias posicionamento do Hospital São Lucas sobre seu descredenciamento ou não do SUS. O diretor clínico do HU, Wilson Dalmina, vai solicitar à 9ª Regional que notifique no Conselho Regional de Medicina o profissional que mandar pacientes de outras regiões ao hospital. “Se o problema não é grave, estamos mandando o paciente de volta. O atendimento só é feito em caso de risco de vida”, relata.
        “O paciente que veio de Guaíra não poderia ser encaminhado a Cascavel, ele é de responsabilidade da 20a Regional de Saúde, com sede em Toledo, e por lá deveria ficar. Mas, quando verificamos que o paciente já está em Cascavel, não podemos de forma alguma negar o atendimento. No entanto, é preciso que todos compreendam a necessidade de adequar o fluxo”, diz Trannin. “O pessoal acha que, por ser hospital público, o HU tem que atender a todos. O problema é que estamos atendendo muito além da nossa capacidade”, resume Dalmina.