Mais de 400 médicos autônomos de Alagoas, que fazem assistência não-emergencial e realizam cirurgias eletivas, pediram o descredenciamento do SUS (Sistema Único de Saúde).
Eles reivindicam que os valores sejam fixados em 50% do que está previsto para os procedimentos na tabela da CBHPM (Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos), referência para a fixação dos valores pagos a equipes médicas nos planos de saúde particulares.
De acordo
Segundo ele, o procedimento de histerectomia (retirada de útero), por exemplo, que envolve o trabalho de cirurgião, médico auxiliar e anestesista, tem sido remunerado a R$ 201, enquanto a CBHPM estabelece R$ 1.180.
Wellington Galvão afirma que a lei estabelece que a atenção à saúde é obrigação da União, dos estados e municípios. Os valores são repassados pelo Ministério da Saúde aos fundos estaduais e municipais que podem complementar os valores.
Maceió
Segundo o sindicato, três em cada quatro médicos que suspenderam o atendimento trabalham
"Mensalmente, 3 [mil] a 4 mil cirurgias eletivas estão deixando de ser feitas", destacou o presidente do Sindicato dos Médicos. De acordo com ele, 92% da população alagoana depende do atendimento do SUS.
A reportagem tentou entrar em contato com o secretário Municipal de Saúde, Francisco Lins, mas não obteve retorno. Assessores de Francisco Lins informaram que ele se reuniu com técnicos da Secretaria de Atenção à Saúde na tarde de hoje em Brasília.
A reportagem também tentou entrevista com o secretário de Saúde de Alagoas, Herbert Motta. A assessoria de imprensa da secretaria informou que o pagamento dos médicos autônomos conveniados ao SUS para atenção básica, consultas eletivas e manutenção de laboratórios é de responsabilidade dos municípios que têm gestão plena e recebem diretamente os recursos da União.