O Dia Nacional de Protesto em defesa do SUS (Sistema Único de Saúde), organizado por entidades médicas nacionais e estaduais, teve ontem pequenos protestos e paralisações parciais na rede pública.
No Espírito Santo, houve paralisação no atendimento ambulatorial dos hospitais. Já em Recife, médicos visitaram emergências de três hospitais públicos e entregaram aos plantonistas formulários para serem enviados ao Ministério Público no caso de falta de condições de atendimento.
Em Alagoas, o sindicato dos médicos disse que a paralisação atingiu quase a totalidade das cirurgias e consultas agendadas pelo SUS. O governo negou.
Em Goiás, metade dos médicos que atuam pelo SUS em hospitais do governo do Estado e para prefeituras paralisaram atividades ontem, segundo o sindicato. A Secretaria da Saúde do Estado disse que houve apenas paralisações isoladas.
No próximo dia 28, será anunciado um calendário de paralisações. Os médicos também farão paralisações no Estado de SP, segundo a Associação Paulista de Medicina.
A estratégia é uma forma de pressionar o governo a negociar alguns dos pedidos da categoria, como um piso salarial de R$ 6.963,52 para 20 horas de trabalho semanais e um reajuste de 100% do montante destinado aos honorários médicos do SUS (Sistema Único de Saúde). "Queremos uma negociação, mas caso nada seja feito, após os três meses, tomaremos medidas mais drásticas quanto ao assunto", disse o coordenador da Comissão Nacional Pró-SUS, Geraldo Guedes