contato@sindipar.com.br (41) 3254-1772 seg a sex - 8h - 12h e 14h as 18h

Menu gastronômico também no hospital

Para acabar com o estigma de comida ruim e centrar esforços no foco operacional, hospitais estão optando cada vez mais pela terceirização do serviço de alimentação. O movimento tem atraído empresas do setor hoteleiro, como Blue Tree e Accor, além de representar um filão de negócios para as especializadas em refeições coletivas.
A Sodexho, uma das líderes mundiais em alimentação corporativa, assinou contrato com seu primeiro cliente na área de saúde em Ribeirão Preto , o Hospital São Francisco. A empresa vai fornecer, mensalmente, 52 mil refeições. O São Francisco é também um dos primeiros entre as duas dezenas de hospitais da cidade a terceirizar seu serviço de nutrição e alimentação.
Fundado há 62 anos, e hoje com dois centros cirúrgicos e 150 leitos, o São Francisco passa por um grande processo de modernização na estrutura física e de serviços. Segundo o superintendente do hospital, Neil Patrick Mascarenhas, os investimentos em reformas e na melhoria dos serviços foram de R$ 5 milhões nos dois últimos anos e chegará a R$ 6 milhões em 2008.
"Queremos melhorar a experiência do paciente no hospital, amenizando esse momento de maior dificuldade e, conseqüentemente, ajudando na sua recuperação", diz Mascarenhas. "Além disso, a terceirização nos permite focar esforços em nossa atividade fim, que é oferecer assistência em saúde".
De acordo com Sérgio Alexandre Aguiar Caires, gerente comercial da Sodexho Alimentação e Serviços, a idéia é quebrar o conceito pejorativo de "comida de hospital" e introduzir o conceito de "hotelaria hospitalar", oferecendo um menu gastronômico pelo qual o paciente de dieta livre e o acompanhante poderão escolher entre quatro refeições diferentes.
A Sodexho já atua na região do interior paulista com serviços de alimentação para usinas de açúcar e álcool, entre elas a São Martinho, de Pradópolis, e a Vale do Rosário, em Morro Agudo , segundo Caires.
A companhia fornece refeições até para cortadores de cana, em restaurantes satélites montados próximos aos canaviais. "O preço por refeição pode variar de R$ 3,00 a 3,50 para cortadores de cana a até mais de R$ 100, para altos executivos de bancos", conta Caires.
O setor de saúde, no entanto, começa a crescer agora. Segundo o gerente comercial da Sodexho, 87% do setor de saúde no País ainda pratica a auto-gestão na nutrição e alimentação. "Há um grande mercado a ser conquistado", diz.
No Hospital São Francisco, que realiza 18 mil cirurgias por ano, 33 funcionários treinados da Sodexho cuidarão, 24 horas por dia, da alimentação não só de pacientes e acompanhantes, mas dos colaboradores do hospital, que possui um corpo clínico de mais de 300 médicos de todas as especialidades.
Fundada em Paris em 1966, a Sodexho atua em 80 países e faturou, em 2006, US$ 15,6 bilhões, 5% dos quais na América Latina. No Brasil, está presente há 25 anos, tem 700 clientes, 12 mil funcionários e receita de R$ 650 milhões.
A também francesa Accor é sócia da Compass na gestão da Medirest, especializada no atendimento do segmento hospitalar.