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Nassif: propostas de governo para saúde são evasivas

 

Em palestra na abertura do Saúde Business Forum, evento realizado pela IT Mìdia e revista Fornecedores Hospitalares de 16 a 20 de setembro, na Ilha de Comandatuba (BA) e que reuniue os 100 principais executivos do setor médico-hospitalar, o jornalista Luis Nassif, da Agência Dinheiro Vivo, traçou um panorama sobre a história política e econômica no Brasil e as expectativas para o novo mandato presidencial. “O que tenho ouvido dos candidatos ou é mesmice ou são propostas da boca para fora. O setor de saúde não tem um conjunto de idéias sistematizadas nos programas de governo.” Para Nassif, o plano de governo de Lula é vago e o candidato não mostra como executá-lo. “Quem são os agentes? Quanto e como os recursos serão alocados?”

 

O jornalista não vê a privatização generalizada como solução para o setor. “O governo não pode abrir mão de algumas áreas, como os laboratórios públicos, que têm ajudado o país a barganhar com a indústria farmacêutica internacional. É preciso investir nesta área.”

 

Também não faltam críticas a Alckmin. “Ele destaca pontos interessantes, como a mudança no perfil populacional, com maioria de idosos, mas não tem a postura de um estadista. Ele critica e propõe estratégias para o país que não implantou no governo do Estado de São Paulo. A diferença entre o estadista e o político comum é que um peita o problema e resolve e outro procura um álibi.”

 

O principal problema nas propostas apresentadas pelos candidatos, na opinião de Nassif, é que ninguém pensa o setor como um todo. “É também por isso que as empresas procuram a verticalização, porque não conseguem articular formas e definir competências para todo mundo ganhar. Mas a verticalização pode ser um desastre.”