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Parcerias e formação cultural: eixos para reduzir pirataria de remédios

 

A falsificação de produtos movimenta US$ 522 bilhões por ano no mundo. A informação foi divulgada pelo representante do Conselho Nacional de Combate a Pirataria do Ministério da Justiça, Rafael Beline, no I Encontro de Prevenção e Combate à Falsificação e Contrabando de Medicamentos no Brasil. A reunião ocorre até sexta-feira (9) em Foz do Iguaçu (PR).

 

“A pirataria de produtos vai muito além de CD’s e calças jeans. Há a falsificação de medicamentos, bisturis, cateteres e preservativos. Itens que interferem diretamente na saúde da população”, destacou. De acordo com Beline, a extinção desse tipo de comércio promoveria, mundialmente, a criação de dois milhões de empregos diretos a cada ano.

 

O Gerente Geral de Inspeção de Produtos da Anvisa, Roberto Barbirato, acrescentou que a maioria das falsificações são de medicamentos com grande volume de venda ou alto custo. “A pirataria tem o foco em medicamentos de grande impacto, como o Viagra ou drogas para o tratamento de câncer, por exemplo”, explicou. Barbirato acrescentou que a falsificação de medicamentos é um crime hediondo, que prevê entre 11 e 15 anos de prisão.

 

O Procurador Federal da República, Humberto Jackes, afirma que a solução para este problema é a parceria entre diversos órgãos do governo. “Precisamos nos articular e entender como cada entidade faz a sua parte. Devemos investir em dois grandes eixos: relações institucionais e formação cultural da população”.

Jackes elogiou a iniciativa da Anvisa em promover o Encontro. “A Agência tem sangue novo. E é este sangue novo que nos mobiliza a continuar lutando. Os órgãos do governo pensam de forma parecida. Agem de forma parecida. Mas precisamos nos articular e entender como cada um faz a sua parte. Algo que esta reunião possibilita”, sintetizou.