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Prefeitura não aceita construir usina para processar lixo médico

Donos de hospitais dizem que custo é equivalente ao gasto com serviço terceirizado de coleta

A Secretaria do Meio Ambiente de Curitiba (SMMA) rejeitou a proposta feita ontem pela Federação dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde do Paraná (Fehospar) para que a prefeitura construa uma usina a fim de processar o lixo hospitalar produzido na capital e região metropolitana. A sugestão surgiu em reunião de representantes de hospitais e estabelecimentos de saúde de Curitiba.

Eles concluíram que o município deve continuar responsável pelo sistema de coleta, transporte e destinação final dos resíduos. Por isso, a administração pública deveria investir em uma usina de processamento, com incineração, autoclavagem ou microondas. Segundo o presidente da Fehospar, José Francisco Schiavon, o custo seria pouco superior a R$ 1 milhão – o equivalente ao valor gasto em menos de dois meses com um serviço terceirizado de coleta.

O secretário do Meio Ambiente, Domingos Caporrino Neto, descartou o uso de recurso públicos para este fim. “O município não pode ser responsável financeiramente porque a resolução da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), de dezembro de 2004, determina que os serviços de saúde são responsáveis pelo gerenciamento de todos os resíduos de saúde por eles gerados, desde a origem até a destinação final”, explicou. No último dia 18, o Instituto Ambiental do Paraná (IAP) prorrogou por mais 60 dias o uso da vala séptica que recebe o lixo hospitalar.

Até lá, todos os geradores devem apresentar um plano de gerenciamento dos resíduos. Para orientá-los, a SMMA irá colocar seus técnicos à disposição a partir da próxima quarta-feira.