Diversos secretários de saúde pressionaram nesta quarta-feira o relator do orçamento, senador Romero Jucá (PMDB-RO), a remanejar R$ 3,5 bilhões para a área de saúde. Os secretários exigem do governo o aumento dos recursos para cobrir basicamente três áreas: aumento da cesta básica farmacêutica; compra de medicamentos especiais; e atendimentos de alta e média complexidade. Os secretários querem também o descontingenciamento de R$ 1,8 bilhão do orçamento deste ano e que esse dinheiro seja incluído no orçamento do ano que vem.
O secretário de Saúde do estado do Rio de Janeiro, Gilson Cantarino, disse que o Brasil é um dos países com piores índices de aplicação de recursos em saúde. Pelos números do Conselho Nacional de Secretários de Saúde, o Brasil ocupa o 20º lugar no continente americano, enquanto a Argentina está na quinta posição. Pelos estudos dos secretários de saúde, é preciso aumentar a destinação de R$ 176 milhões do orçamento para farmácia básica, R$ 719 milhões para medicamentos especiais e R$ 2,6 bilhões para atendimento de média e alta complexidade ambulatorial e hospitalar.
O presidente da Frente Parlamentar de Saúde, Rafael Guerra (PSDB-MG), disse que a promessa feita no início do ano passado está sendo descumpida este ano porque o governo contingenciou os recursos da saúde. “Vamos cobrar o cumprimento da lei e da Constituição”, afirmou o parlamentar.