Manter o distanciamento social, o uso de máscaras e a higiene das mãos são medidas que não podem, neste momento, ser deixadas de lado. Pelo contrário. Devem ser ainda mais reforçadas. É o que alerta o Sindicato do Hospitais do Paraná (Sindipar), A Federação dos Hospitais do Paraná (Fehospar) e a Associação dos Hospitais do Paraná (Ahopar).
As entidades demonstram preocupação com o aumento considerável no número de casos da Covid-19 e pedem que a população mantenha os cuidados exigidos desde o início da pandemia.
O número de casos vem crescendo exponencialmente no Estado e na capital. Somente na última quarta-feira (18), foram registrados 914 novos casos de Covid-19 e 11 óbitos de moradores de Curitiba infectados pelo novo coronavírus, conforme boletim da Secretaria Municipal da Saúde.
Trata-se de um novo recorde de casos confirmados em um dia pela Prefeitura. Com as novas confirmações, 62.649 moradores de Curitiba testaram positivo para a covid-19 desde o início da pandemia.
De acordo com o boletim, são também 7.714 casos ativos na cidade, correspondentes ao número de pessoas com potencial de transmissão do vírus. É o segundo maior número desde março, só perdendo para o dia 26 de julho, considerado o auge da pandemia, quando eram 7.992 casos ativos na cidade.
A situação fez com que a procura nos hospitais que atendem casos de Covid aumentasse. Os leitos próprios para o coronavírus operam no limite da contingência dos hospitais particulares na capital. Alguns já estão com 100% da capacidade e as cirurgias eletivas voltaram a ser canceladas.
Até a última quarta-feira (18), haviam sido registradas 1.593 mortes na cidade provocadas pela doença neste período de pandemia. No mesmo dia, o Paraná chegou a 243.654 confirmações da doença. O recorde de divulgação de casos em um dia havia sido em 28 de agosto, com 2.866 novos diagnósticos.
“Situação é preocupante”
“O momento é delicado. O Sindipar ressalta sua preocupação e a orientação para a população quanto ao cuidado pessoal e coletivo”, alerta o presidente do Sindipar Flaviano Feu Ventorim. Para ele, o aumento da demanda está sendo muito rápido e preocupante.
“As pessoas estão perdendo o medo do vírus. O que é um problema. Então precisamos retomar essas orientações e esses cuidados para que a gente evite o colapso do sistema”, salienta Ventorim. O Sindipar destaca que os hospitais estão se organizando para dar suporte à população diante do aumento de casos. “Quem estiver com suspeita da doença deve se manter isolado para evitar contaminação”, reforça.
Para o presidente da Fehospar Rangel da Silva, o aumento de casos depois de uma redução significa que Curitiba está vivendo uma “segunda onda”, assim como a Europa. Ele releva preocupação com os leitos específicos para tratamento da Covid-19 que foram descredenciados pela prefeitura.
“A chance de faltar leito de UTI é grande se os casos continuarem crescendo. Por outro lado, os hospitais já estão preparados para receber os pacientes e vão continuar a atender os casos com muita expertise”, finaliza.