A demora no atendimento no Hospital Universitário (HU), em Londrina, na noite de segunda-feira (2), provocou revolta nos pacientes. Pessoas que necessitavam de internamento passaram a noite acomodados em cadeiras, duas macas do Siate
O problema de superlotação já passa de duas semanas. Segundo a direção do hospital, os dois últimos dias foram os piores. O hospital conta com 26 leitos, mas já são 70 pessoas sendo atendidas, algumas espalhadas pelos corredores. Pacientes que foram internados tiveram que aguardar o atendimento em cadeiras. “Não tem leito para eu deitar e o médico está me atendendo em cima de uma cadeira. Estou sendo muito bem atendida, mas não tem leito. Como eu vou ficar assim? Eu não posso ficar assim, preciso deitar e esticar as minhas pernas, porque não aguento de dor”, desabafa a aposentada Rosimerie Goettms, à reportagem do Bom Dia Paraná.
Muitos pacientes tiveram de esperar do lado de fora do hospital sem saber a hora em que iriam ser atendidos. Socorristas do Siate tiveram de esperar três horas para o hospital liberar duas macas que haviam sido usadas para levar os pacientes ao HU. “Infelizmente, tivemos que deixar, porque não tinha maca nenhuma e o hospital está superlotado. Aguardamos três horas para a ambulância voltar à ativa. Por causa disso, tivemos que deixar de atender um chamado da central para socorrer uma vítima de arma de fogo, pois não tínhamos a maca”, disse o socorrista Argemiro Garcia.