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Tratamento dos transtornos mentais tem 1,3 milhão de brasileiros excluídos

Associações de portadores realizam campanha para pressionar a rede pública a fornecer medicamentos atualizados, que permitam ao paciente exercer suas atividades normais Iniciativa integra a programação do “I Fórum Paranaense de Pacientes em Saúde Mental ”, programado para o dia 7 de junho, em Curitiba.

Evento tem por objetivo combater a desinformação, que provoca o preconceito e marginaliza portadores de transtornos mentais em casa e especialmente no trabalho.

 

“Informação, Respeito, Aceitação”. Este é o tema principal de campanha destinada a alertar a população sobre os vários aspectos que fazem dos transtornos mentais um grave problema de saúde pública no Brasil. Mais de 1,3 milhão de portadores de males como a depressão, esquizofrenia, Parkinson, transtorno bipolar (bem como as vítimas dos efeitos provocados pelo alcoolismo e outras formas de dependências) não têm acesso aos remédios que lhes permitem a garantia de boa qualidade de vida. Pela desinformação, eles são marginalizados em casa e no trabalho.

A campanha integra a programação do “I Fórum Paranaense de Pacientes em Saúde Mental ”, programado para o dia 7 de junho, no Hotel Victória Villa em Curitiba. O evento é aberto ao público e tem como principal desafio conscientizar, unir e fortalecer os portadores dos vários tipos de transtornos mentais bem como os seus familiares.  As inscrições podem ser realizadas pelo fone (041) 3363-2506.

As quatro principais entidades envolvidas na campanha como porta-vozes dos direitos constitucionais dos portadores de transtornos mentais são: Associação Paranaense de Familiares e Amigos dos Pacientes Esquizofrênicos (Apafape); Associação Londrinense de Saúde Mental; Associação Maringaense de Saúde Mental; e a Associação dos Usuários do Centro de Atenção Psicossocial de Foz do Iguaçu (Assucaps).

De acordo com os organizadores do Fórum e da campanha a abordagem sobre os transtornos mentais precisa ser revista no Brasil. A começar pela informação, necessidade do cumprimento da Constituição, reavaliação das políticas públicas e do acesso ao tratamento.

As dificuldades de acesso ocorrem porque a relação de remédios destinados a importantes doenças está desatualizada. O sistema público não conta com medicamentos mais modernos destinados ao tratamento das várias doenças, provocando uma restrição com graves implicações sociais e econômicas que atingem adultos jovens, na fase mais produtiva da vida, denunciam as entidades organizadoras do Fórum.

Além disso, o paciente leva até três meses para conseguir uma consulta e quando a consegue corre o risco do lugar não ter receituário para o medicamento controlado, nem mesmo o medicamento.

 

Pressão no trabalho

 

O número crescente de trabalhadores com transtornos mentais, nas várias áreas de atuação, é outro problema preocupante que receberá especial atenção por parte dos organizadores do Fórum e da campanha. Estudo da Universidade de Brasília (UnB) e do INSS mostra que bancários, frentistas, trabalhadores do comércio, metalúrgicos, ferroviários, rodoviários, profissionais que atuam em Telemarketing e transportadores aéreos estão entre as categorias de maior risco.  O levantamento comprovou que aproximadamente 50% deles se afastou do trabalho por algum tipo de transtorno mental – incluindo as vítimas do alcoolismo e de outras formas de dependências.

Esses indicadores levam a uma segunda preocupação bem mais grave, para os organizadores da campanha: a pressão exercida pelos chefes sobre os trabalhadores. Como em boa parte das empresas o diagnóstico para as doenças mentais é impreciso, o paciente não é reconhecido como portador de algum transtorno, tem dificuldades em aceitar a doença e acaba marginalizado.

 

 

Programação

 

  • Abertura ( Sr. Erasmo Becker – Associação Paranaense de Familiares e Amigos de
  • Pacientes Esquizofrênicos – APAFAPE )

     

  • Pronunciamento Dep.Estadual  Reinhold Stephanes Jr, autor de projeto de Lei que defende o acesso gratuito por parte dos pacientes às modernas gerações de medicamentos

     

  • Palestra Médica " Novas Tendências no Tratamento TAB e Esquizofrenia )  – Dra. Maria Amélia – Curitiba

     

  • Palestra Médica " Impacto dos Tratamentos e Não Tratamentos em Saúde Mental "  – Dr. Hamilton Grabowski – Curitiba

     

  • Apresentação Associação Parkinsonianos – Sr. Jorge Magno – Presidente – Curitiba

     

  • Abertura – Sr. Russel Siqueira de Carvalho – presidente da Associação Paranaense de Familiares e Amigos de Pacientes Esquizofrênicos – APAFAPE

     

  • Associação Maringaense de Saúde Mental

     

  • Associação Londrinense de Saúde Mental

     

  • Assucaps-FI e Associação Pacientes Foz do Iguaçu

     

  • Reunião dos Presidentes das Associações