A Secretaria Estadual de Saúde não cumpriu a promessa de realizar, na semana passada, uma reunião com representantes das classes médicas e hospitalares para avançar nas negociações em torno da reivindicação para revogar a resolução que muda o Código 7 para o 45 na sistemática de pagamentos do SUS. Foram três reuniões até agora, com a posição unânime de médicos e dirigentes hospitalares de que a medida pode decretar perda aos profissionais de saúde e, conseqüentemente, prejuízos à estrutura assistencial no Estado. Esta semana, face a encontros promovidos no âmbito administrativo, a Secretaria de Saúde descartou a realização de novo debate. Em Brasília, na noite dessa terça-feira, as entidades hospitalares promoveram um debate sobre a mudança de código que vem ocorrendo nos municípios de gestão plena e nos Estados, havendo perspectiva de uma ampla mobilização de repúdio face ao novo ônus que pode ser criado para os prestadores de serviços, que há 10 anos não recebem reajuste. No Paraná, a questão precisa ser resolvida até 30 de junho, sob pena de começar a comprometer os pagamentos e estabelecer impasse entre médicos e hospitais, considerando que haverá retenção de 20% dos honorários a título de previdência e mais 11% do Imposto de Renda.
