A orientação da Philips, de desenvolver soluções mais acessíveis e que atendam às necessidades dos países em desenvolvimento, não está restrita aos aparelhos de eletrônicos. Na sua divisão de equipamentos médicos, o primeiro produto que chegará ao país é um novo sistema de ultra-som, batizado de HD3. O aparelho custará em torno de US$ 20 mil, ou 10 vezes menos do que os sistemas de ultra-som sofisticados, presentes em hospitais de primeira linha.
“Com o HD3, conseguiremos ampliar a nossa base de consumidores, como clínicas, consultórios médicos e mesmo hospitais públicos. Se quisermos crescer, temos de olhar para a base da pirâmide social”, afirma Daurio Speranzini Junior, gerente geral da divisão de equipamentos médicos da Philips no Brasil. Essa área representa cerca de 15% das vendas do grupo na América Latina.
Speranzini assumiu os negócios no Brasil em fevereiro de 2004 com a missão, segundo ele, de reconquistar a liderança em 2006. Até 2003, a área de equipamentos médicos vinha perdendo participação de mercado. “Esse é um mercado importante para a Philips, que investiu em várias aquisições mundialmente. Neste setor, as vendas crescem a taxas de 18% ao ano nos últimos três anos”, diz Speranzini. Em três anos – de 2003 a 2006 – as vendas da área médica da Philips cresceram 112%, no Brasil. “Apenas em 2005, conseguimos crescer 50%.”
A Philips disputa com a GE e a Siemens a liderança no mercado mundial e brasileiro. Speranzini afirma que, segundo uma pesquisa da empresa de consultoria Frost & Sullivan, a marca assumiu a liderança neste ano, passando à frente da GE no Brasil. A GE, porém, afirma ter crescido 40% em 2005 e que se manteve na liderança, com 40% de participação.