A Santa Casa de Campo Mourão, na região centro-oeste do Paraná, corre o risco de fechar as portas. A instituição filantrópica, que atende 25 municípios, enfrenta sérios problemas financeiros devido à defasagem no repasse de verba do governo federal, por meio do Sistema Único de Saúde (SUS), e atraso no repasse de auxílios da Prefeitura Municipal e do estado.
Segundo o superintendente da Santa Casa, Oriovaldo Keller, o hospital tem um convênio com o estado que prevê o repasse mensal de R$ 60 mil, já que a instituição auxilia no atendimento regional. “Essa quantia não veio este mês, sob alegação de falhas na documentação, que não existem. Usamos esse dinheiro para comprar medicamentos, que já estão em falta”, diz.
A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), por meio de sua assessoria de imprensa, informou que o repasse não foi feito porque há falha no cumprimento de uma das cláusulas do convênio, que exige comprovação de certidão negativa do INSS e do Tribunal de Contas. Para resolver o impasse, hoje à tarde acontece uma reunião em Curitiba, na sede da Sesa, com a presença de Keller e do diretor da Sesa, Carlos Manuel do Santos. “Nós recorremos a alguns hospitais da vizinhança e conseguimos providenciar alguns medicamentos, mas a situação é grave”, destaca Keller.
Segundo ele, o hospital mantém 90% do atendimento a conveniados do SUS, que só cobre 60% das custas de cada paciente, de modo que a Santa Casa tem que buscar outras fontes para manter o funcionamento. “Mantemos 10% de atendimento particular, cujo dinheiro investimos na limpeza do hospital e para pagar a luz, por isso precisamos de auxílio.