“A Medicina oferece à Terceira Idade a possibilidade de ter uma vida social ativa e de boa qualidade com a ajuda de medicamentos, fisioterapia, próteses, evitando assim várias doenças, como a depressão”, afirma o Dr. Abrão José Cury Jr, coordenador do II Curso de Geriatria para o Clínico.
A tendência é reduzir a atividade social dos idosos, que fica restrita a visitar amigos doentes em casa, ou no hospital, ou ir a velórios. Isso vai entristecendo a pessoa, que começa a achar que só restou esperar para ser a próxima a ser visitada. A família acaba contribuindo para essa situação porque isola o idoso do convívio social e familiar por conta de suas limitações físicas.
Além de atividades físicas adequadas à idade, o idoso deve ser estimulado através de exercícios mentais, como conversar, ler e se ocupar. “Ao invés de colocar alguém para cuidar do velho, dê algo para o velho cuidar”, recomenda o médico.
O isolamento do idoso leva à depressão, que leva ao desenvolvimento de doenças, como desnutrição por se alimentar mal, processos infecciosos, desidratação, deterioração orgânica e muscular, acelerando o envelhecimento.
Um clínico geral bem preparado é capaz de tratar problemas, como má audição e visão, é capaz de orientar cuidados simples, como os orais que interferem na alimentação, enfim, pode mostrar ao idoso como ser saudável para participar da vida da família de forma agradável e recuperar alguns prazeres, como comer e até fazer sexo, o que é totalmente possível.
A Organização Mundial da Saúde estima que, até 2025, no Brasil, serão 34 milhões de pessoas com mais de 60 anos e que a expectativa de vida será de 80 anos. Diante do aumento dessa população e da importância do assunto, a Regional São Paulo da Sociedade Brasileira de Clínica Médica realizará o II Curso de Geriatria para o Clínico, nos dias 16 e 17 de Março de 2007,