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24 empresas de plano de saúde dominam o mercado no Brasil

           Das 1.239 empresas de planos de saúde suplementar que operam no Brasil, apenas 24 delas concentram contratos de cerca de 23 milhões beneficiados, mais da metade dos clientes. É o que revela o relatório Planos de Saúde: Nove Anos Após a Lei 9656/98, lançado nesta segunda-feira (4) pelo Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) e pela ONG Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), com apoio do Procon paulista.

            Ao todo, 42 milhões de pessoas são atendidas por planos de saúde particulares em todo o país, segundo o diretor de Fiscalização da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), Eduardo Sales. Em entrevista à Agência Brasil, Sales diz que a concentração do mercado reflete o mapa sócioeconômico brasileiro. "Em todo processo de regulação (…) estabelece-se regras (…) e nem todas as empresas conseguem cumprir esses requisitos, então se tem naturalmente uma concentração do mercado regular", explica.

            Mas as entidades acreditam que o governo teria como melhorar e desconcentrar esse quadro, até pelo peso da participação do Estado no setor. Segundo Lígia Bahia, professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), e uma das autoras do relatório, os recursos públicos são uma importante origem de renda para as grandes empresas de planos de saúde. Entre as 7 empresas selecionadas no relatório, que possuem ações do governo federal ou dos estaduais, os gastos com planos de saúde privada no ano de 2005 somaram R$ 2,7 bi, dos quais R$ 1,8 bi apenas da Petrobras.

            Além da concentração do mercado, o relatório também registra um crescimento de 80% na receita das operadoras de planos de saúde suplementar entre 2001 e 2006, de R$ 21,4 bilhões para R$ 38,5 bilhões.