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A derrota da MP 232 é uma vitória da sociedade brasileira

“A suspensão da Medida Provisória 232, depois da histórica mobilização da sociedade, representada por centenas de entidades que compuseram a Frente Brasileira contra a MP, é uma vitória da democracia, vitória da população quanto à sua capacidade de dizer não ao aumento de impostos e a uma política econômica exclusivamente preocupada com a arrecadação e indiferente à melhoria de vida das pessoas e expansão das atividades. Para nós, paranaenses, é uma grande satisfação, uma vez que a reação começou em nosso Estado, mais exatamente no Conselho Regional de Contabilidade do Paraná ”. Avaliação de um dos principais líderes do movimento, presidente do CRCPR, Maurício Fernando Cunha Smijtink, da decisão do governo federal de sepultar a MP 232.
A mesma opinião emitiu o presidente da Câmara, deputado Severino Cavalcanti (PP-PE): “Quem tem idéia fixa é doido e o governo atendeu às ponderações da sociedade. Se não tivesse atendido, seria doido”, afirmou diante dos líderes da Frente, no Auditório Nereu Ramos, da Câmara. Ele lembrou ainda que, com a rejeição da medida, o governo irá enviar ao Congresso projeto de lei com a correção da tabela do Imposto de Renda.
Ao comentar o projeto de lei que vai substituir a Medida Provisória 232, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), disse que o Congresso Nacional terá responsabilidade necessária para manter o equilíbrio fiscal, sem punir setores importantes da economia. Segundo ele, a MP era um “expresso desgovernado” e por isso defendia sua retirada pelo governo, para que fosse ampliado o espaço de negociação.
De acordo com o líder do governo na Câmara, Arlindo Chináglia (PT-SP), a decisão de rejeitar a MP 232 baseou-se na impossibilidade de se chegar a um acordo sobre a matéria. ‘Ao mesmo tempo existe um compromisso da base aliada e do governo para que no prazo de 15 dias possamos construir projeto de Lei que garanta a correção da tabela do IR e as bases de cálculos para essa correção’, declarou.
Para o líder do governo, se a rejeição dos aliados não acontecesse, a MP seria derrotada em plenário. O prazo de quinze dias é uma tentativa do governo de não prejudicar cerca de sete milhões de contribuintes que foram beneficiados com a correção da tabela do IR.