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Cássia Eller: Exames pouco detalhados

A cada dia, aumentam as imprecisões sobre a morte da cantora Cássia Eller. Primeiro, o Ministério Público do Rio garante que a roqueira foi vítima de erro médico. Ontem, o diretor do Instituto Médico-Legal (IML), Roger Ancillotti, levantou a possibilidade de que o exame toxicológico realizado em Cássia não tenha sido detalhado. Ele admitiu que, na época em que a cantora morreu, o IML não tinha recursos suficientes para realizar um exame toxicológico apurado e que a aparelhagem de hoje é ”dez vezes mais eficiente”.

Cássia teve um infarto agudo do miocárdio em 29 de dezembro de 2001. Havia a suspeita de que ela pudesse ter ingerido álcool e cocaína, substâncias não encontradas no exame feito pelo IML. ”Dentro da metodologia que se tinha na época, os recursos não eram suficientes para provar se ela havia ingerido álcool ou cocaína”, disse Ancillotti, que assumiu a direção do instituto em março de 2003. Quando Cássia morreu, a diretora era Sílvia Falcão, que não foi encontrada ontem para comentar o caso.

Segundo análise pericial do MP, o medicamento Plasil, dado a Cássia, pode ter provocado a parada cardíaca. As peritas argumentam que o remédio ”pode acelerar a absorção de qualquer droga presente no organismo”. O promotor Alexandre Themístocles é o encarregado de analisar o caso e decidir pelo pedido de indiciamento dos médicos da Casa de Saúde, que podem responder por homicídio culposo.

O advogado de Maria Eugênia, companheira de Cássia Eller por 13 anos, Marcos André Campuzano, informou que só vai se pronunciar depois da decisão do MP. Em novembro, a família da cantora se reúne para decidir se entra com pedido de indenização contra a clínica.