O típico milionário americano é bem educado, otimista e confiante em relação à aposentadoria. A constatação foi feita por um estudo da Northern Trust, uma empresa de gestão de fortunas (family officie) dos EUA. Apenas um terço está aposentado atualmente, no entanto, nos próximos dez anos, 50% dos entrevistados já estarão desfrutando da aposentadoria. Nos planos desse seleto público, a aposentadoria será em grande estilo, com atividades sociais, muitas viagens caras, dedicação a hobbies e apenas uma preocupação: os custos com saúde.
Nem mesmo os milionários estão livres do inexorável impacto que as despesas com médicos e hospitais têm hoje e terão cada vez mais relevância sobre os orçamentos familiares. Por isso, a pesquisa, a Nortthern Trust constatou que a principal meta desse público para a aposentadoria é continuar aumentando seu patrimônio.
No último ano, segundo o estudo, os milionários fizeram poucas mudanças em suas carteiras de investimento. Uma das mais importantes foi a redução da exposição ao mercado imobiliário, reflexo da crise que vem atingindo as hipotecas americanas, de 13% para 8% do total do portfólio.
As ações das empresas americanas continuam a concentrar a maior fatia das aplicações dessas carteiras, em média 40%. E os milionários americanos parecem não se empolgar muito com a onda de investimentos em mercados emergentes, como mostra o estudo da Northern Trust. Eles mantêm apenas uma fatia de 10% de seus recursos aplicada nessas ações, um percentual pouco maior do que o observado em 2005, quando a fatia era de 8%. No entanto, entre os mais jovens (faixa etária de
Os milionários americanos, segundo a avaliação da Northern, estão procurando aumentar o retorno de suas carteiras, mas com o cuidado de gerenciar o risco. Por isso, estão aumentando a diversificação de seus portfólios. O estudo mostra que 7% da carteira desse público está aplicada em fundos de participação (private equity) e fundos hedge. Se somadas as aplicações em commodities e imóveis, a fatia chega a 17% da carteira.
No grupo de investidores com ativos superiores a US$ 10 milhões, o estudo do Northern identificou uma alta disposição para maximizar o retorno de seus portfólios com 31% das aplicações direcionadas a investimentos alternativos.